Feliz 2018. Uma nova expectativa, velhas convicções.
Endereçada aos amigos de boa vontade.
Cc.: Joaquim & Machado.
Meus caros amigos,
Finda-se o ano de 2017, e nos parece que também se esvai pouco a pouco a decência, aquela que permeava o nosso ideal de coisa certa, de mundo, de vida.
A quem devemos recorrer se não há quase parâmetro de correção, se a ética virou uma questão de estética, nos já tão abalados e sórdidos subterfúgios da apodrecida política brasileira, que não só se passa em Brasília, mas em Pernambuco, Minas, no Rio...
Quem nos aliviará a carga tão pesada deste estado desidioso e lento, que se arrasta tal qual uma preguiça secular encrustada sobre égide de Alma mater, inescusável e prodigiosa, a quem caberá todas as reverencias a serem prestadas?
E o natal, que se arrasta por sobre o mês de dezembro e desagua como uma enxurrada de brindes e comilanças nas vertentes equivocadas do seu verdadeiro sentido.
Jesus Cristo, principal convidado, o motivo maior da festa, tem ficado do lado de fora, batendo a porta e esperando que essa lhe seja aberta, para que finalmente ele possa entrar e cear.
Na contramão do seu sentido mais sublime surgem os redutos de poder, da gente que faz a sua caridade, desde que não interfira na forma incorreta de serem – é claro - e assim não se ver reflexão que torne mais branda a discrepância entre o produto final do capital e o bem-estar do próximo.
No Brasil tão individual onde ter, ainda vale mais que qualquer outra coisa, e não somente ser, escrevemos nossa medíocre história, que em até certa medida, pede arrego as outras estórias e contos fantasiosos sul realistas e pantagruélicos, dos quais não nos desligamos nem mesmo “sob tortura”.
- Talvez seja esse engrandecimento que nos faça caminhar. E nos livrar de nossa angustia básica!
Esse Natal a que nos dedicamos mais bem servidos à guisa de comes e bebes, que reflexões, nos empurra pouco a pouco a uma espécie de idiossincrasia sul americana, plena, com a qual nos acostumamos ternamente a ter como certo; o consumo pelo consumo e todo o resto à margem.
Este ano de 2017, que agora escapa entre os dedos nos apresenta um caso danoso de um país que nunca foi versado em ética, mas, que nem de longe esperava o descortinar de tantas hecatombes improferíveis, provocadas pelas mais variadas fontes, escrupulosas e inescrupulosas que se tem notícia. Mas, nada disso é ruim, desde que as decisões corretas sejam tomadas em tempo regular, que os que erraram sejam punidos e, o erário publico seja restabelecido, se bem, que com a atual cúpula executiva, é pouco provável que tenhamos um encaminhamento dos melhores, haja vista, que não se pode conduzir uma embarcação à revelia de seu timoneiro, é possível, mas nem sempre dará certo.
O Brasil, que agora passa pelo maior dos seus desafios, aprender e praticar todo o conteúdo de ética dos últimos quinhentos anos, em alguns despachos e sentenças, parece não saber muito bem o que fará.
Bastará a mídia enjoar deste noticiário diário e dantesco, que anda em busca de correção e sensatez, que a nossa picardia cheia de malogro ressurgirá, mais viva e ativa que nunca, até bem mais que antes de tudo ter ocorrido. Vigiemos para que isso não nos ocorra, para que não nos seja regalada a triste e menos valiosa vaga na cativa cadeira dos descrentes em qualquer forma de ética. Se é que se pode ter escolha a uma ética maior, ou menor, como se ela, a ética, não fosse por si só única e altiva.
Mas, para além do bem e do mal é preciso ter fé no Brasil, no homem, naquilo que acreditamos, embora sejam vários os motivos para um sentimento contrário, é preciso ter boa expectativa, porque, para além de nosso torpe conhecimento, talvez esteja uma realidade melhor, com qual não nos depararemos tão cedo, mas que seja, quiçá, ofertada a uma nova raça em um novo tempo, nesta terra de Vera Cruz.
É preciso ter fé... E isso o natal nos ensina, afinal só temos como argumento para esta grande festa de confrades, aquilo que cremos e o que nos foi dado a crer, quer seja por nossa tradição oral, quer seja por nosso conhecimento religioso ou histórico, ou ainda por nossa boa vontade.
Esperemos o novo ano de 2018.
Se aquele rabi da Galileia, modificou o mundo inteiro trazendo uma nova mensagem de paz, embora também, involuntariamente, tenha sido motivos de tantas guerras, quem sabe se ele do topo de sua benignidade não nos poderá ofertar um novo sonho de Brasil, onde se pode ver para crer e não o contrário.
Não sejamos meramente otimistas, sejamos capazes de enxergar o bom, o positivo, o correto, mas também os erros e as incorreções. Não tenhamos medo de admitir a verdade, posto que ela é mãe de todas as provas, mas anda tão moscada dentre tantas pseudoverdades.
É preciso combater o bom combate, terminar a carreira e guardar a fé. Fé no homem, na vida e no que virá.
Recife, 22.12.2017. (Estou na JUCEPE)
Endereçada aos amigos de boa vontade.
Cc.: Joaquim & Machado.
Meus caros amigos,
Finda-se o ano de 2017, e nos parece que também se esvai pouco a pouco a decência, aquela que permeava o nosso ideal de coisa certa, de mundo, de vida.
A quem devemos recorrer se não há quase parâmetro de correção, se a ética virou uma questão de estética, nos já tão abalados e sórdidos subterfúgios da apodrecida política brasileira, que não só se passa em Brasília, mas em Pernambuco, Minas, no Rio...
Quem nos aliviará a carga tão pesada deste estado desidioso e lento, que se arrasta tal qual uma preguiça secular encrustada sobre égide de Alma mater, inescusável e prodigiosa, a quem caberá todas as reverencias a serem prestadas?
E o natal, que se arrasta por sobre o mês de dezembro e desagua como uma enxurrada de brindes e comilanças nas vertentes equivocadas do seu verdadeiro sentido.
Jesus Cristo, principal convidado, o motivo maior da festa, tem ficado do lado de fora, batendo a porta e esperando que essa lhe seja aberta, para que finalmente ele possa entrar e cear.
Na contramão do seu sentido mais sublime surgem os redutos de poder, da gente que faz a sua caridade, desde que não interfira na forma incorreta de serem – é claro - e assim não se ver reflexão que torne mais branda a discrepância entre o produto final do capital e o bem-estar do próximo.
No Brasil tão individual onde ter, ainda vale mais que qualquer outra coisa, e não somente ser, escrevemos nossa medíocre história, que em até certa medida, pede arrego as outras estórias e contos fantasiosos sul realistas e pantagruélicos, dos quais não nos desligamos nem mesmo “sob tortura”.
- Talvez seja esse engrandecimento que nos faça caminhar. E nos livrar de nossa angustia básica!
Esse Natal a que nos dedicamos mais bem servidos à guisa de comes e bebes, que reflexões, nos empurra pouco a pouco a uma espécie de idiossincrasia sul americana, plena, com a qual nos acostumamos ternamente a ter como certo; o consumo pelo consumo e todo o resto à margem.
Este ano de 2017, que agora escapa entre os dedos nos apresenta um caso danoso de um país que nunca foi versado em ética, mas, que nem de longe esperava o descortinar de tantas hecatombes improferíveis, provocadas pelas mais variadas fontes, escrupulosas e inescrupulosas que se tem notícia. Mas, nada disso é ruim, desde que as decisões corretas sejam tomadas em tempo regular, que os que erraram sejam punidos e, o erário publico seja restabelecido, se bem, que com a atual cúpula executiva, é pouco provável que tenhamos um encaminhamento dos melhores, haja vista, que não se pode conduzir uma embarcação à revelia de seu timoneiro, é possível, mas nem sempre dará certo.
O Brasil, que agora passa pelo maior dos seus desafios, aprender e praticar todo o conteúdo de ética dos últimos quinhentos anos, em alguns despachos e sentenças, parece não saber muito bem o que fará.
Bastará a mídia enjoar deste noticiário diário e dantesco, que anda em busca de correção e sensatez, que a nossa picardia cheia de malogro ressurgirá, mais viva e ativa que nunca, até bem mais que antes de tudo ter ocorrido. Vigiemos para que isso não nos ocorra, para que não nos seja regalada a triste e menos valiosa vaga na cativa cadeira dos descrentes em qualquer forma de ética. Se é que se pode ter escolha a uma ética maior, ou menor, como se ela, a ética, não fosse por si só única e altiva.
Mas, para além do bem e do mal é preciso ter fé no Brasil, no homem, naquilo que acreditamos, embora sejam vários os motivos para um sentimento contrário, é preciso ter boa expectativa, porque, para além de nosso torpe conhecimento, talvez esteja uma realidade melhor, com qual não nos depararemos tão cedo, mas que seja, quiçá, ofertada a uma nova raça em um novo tempo, nesta terra de Vera Cruz.
É preciso ter fé... E isso o natal nos ensina, afinal só temos como argumento para esta grande festa de confrades, aquilo que cremos e o que nos foi dado a crer, quer seja por nossa tradição oral, quer seja por nosso conhecimento religioso ou histórico, ou ainda por nossa boa vontade.
Esperemos o novo ano de 2018.
Se aquele rabi da Galileia, modificou o mundo inteiro trazendo uma nova mensagem de paz, embora também, involuntariamente, tenha sido motivos de tantas guerras, quem sabe se ele do topo de sua benignidade não nos poderá ofertar um novo sonho de Brasil, onde se pode ver para crer e não o contrário.
Não sejamos meramente otimistas, sejamos capazes de enxergar o bom, o positivo, o correto, mas também os erros e as incorreções. Não tenhamos medo de admitir a verdade, posto que ela é mãe de todas as provas, mas anda tão moscada dentre tantas pseudoverdades.
É preciso combater o bom combate, terminar a carreira e guardar a fé. Fé no homem, na vida e no que virá.
Recife, 22.12.2017. (Estou na JUCEPE)