Dias Nublados
Dias desses, meu pai questionou-me sobre o porquê da minha tristeza. Realmente andava meio deprimida e melancólica.
Silenciei e pensei... Somos seres humanos limitados e propensos às adversidades da vida, uma hora flores, outra hora espinhos. Entretanto, tenho comigo que esses percalços faz parte da vida e muitas vezes surgem para nos fazer refletir e acordar para nossa caminhada neste mundo tão cheio de incertezas.
A tristeza, que ora se apossou de minha alma, fez-me crescer em alguns aspectos como ser humano, porque refleti profundamente sobre o impasse pelo qual estava vivendo e percebi que esses momentos acontecem, sim, de uma forma ou de outra, como por exemplo, a perda de um amigo, uma decepção, mágoas e incompreensões. No entanto, o que seria da vida se encontrássemos apenas a luz? A escuridão é necessária, pois é a partir dela, passando por ela, que ressurge um novo dia, o amanhecer de novas esperanças e novas conquistas.
Mas saiba, paizinho, que já passou. Passou como um vento forte que chega, levando toda a tristeza, passou como o nevoeiro que embaça, mas logo volta a nitidez, passou como a tempestade que ameaça, mas logo deixa o gosto da chuva.
É por tudo isso que vale muito a pena viver, agradecer a Deus a cada novo dia, agradecer pela beleza da vida, agradecer pelos momentos cinzentos, afinal, depois da dor vem a alegria.
Tudo chega... Tudo passa... E a vida continua...
Elian Maria Bantim Sousa