Tinge o céu com os olhos e nenhuma ânsia desfaz a alegria do riso!

Nenhum mistério acumula no abraço, pois ele incita os sonhos a cavalgar nas nuvens, 
nas artimanhas do coração que de repente acelera!

Poucas coisas são livres, mas você soube ornar a criatividade dos gestos, da fala e, sobretudo, das reticências que pairam no semblante do observador!

Tudo tem seu mistério ou quase nada carrega um mistério!

Olhando a alma não se esconde e nem se omite!

Quando o dia finda e a lua nasce no alvorecer do universo, talvez reste no firmamento o retrato do seu olhar que ilumina a escuridão da solitária noite abrindo os olhos das estrelas!

Risca caminhos apontando rumos e inicia um indescritível movimento nas paragens celestiais porque sabe que nadificar não é o caminho e nem é o seu substrato!

Olhe para o céu todos os dias lembrando que Deus é por todos nós!

Sempre!

©Balsa Melo (Poeta da Solidão)

23.03.06

Cabedelo - PB