De Chechel para Mimita
Querida,
Alvísceras! Perdão, Alvíssaras! Mais um obstáculo transposto, não sem dificuldades, mas com galhardia e maestria: Habemus indicationem ad Supremum! Foi um parto, devo admitir, mas dos bens o maior, o primus inter pares de meu Gabinete, e efetivamente o primeiro - na ordem alfabética também. Só lamento deixar vacante a Justiça, mas logo surgirá nome surpreendente para preencher essa lacuna.
Como pudeste observar, todas as indicações me pareceram robustamente propícias e interessantes, republicanamente falando. Cheguei até a considerar o nosso amigo comum José Eduardo Cardoso. Quantos trunfos não militam em seu favor? Além da estampa, claro. Rapidez de raciosímio, saber jurídico, expediência mais que comprovada, ilibada conduta pessoal e profissional, e acima de tudo, lealdade.
Outro nome que muito me abalou favoravelmente foi o impecável Gandrinha. E a cúpula eclsiástica se comprouve em enaltecer suas virtudes e qualificações que muito o habilitam para cargo mais elevado. Daí, estou mantendo seu currículum vitae in pectore. Esperem e verão.
Ou melhor, vê-lo-ão, pairar em sumas alturas. E a beatificação, em vida, se pronunciará. É dos mais diletos interlocutores da Cúria vaticana.
Mas vencida esta etapa, que, espero eu, confirmada por nosso egrégio Senado Federal, vamos buscar novas e imprescindíveis conquistas na Governança deste nosso país. E, consequentemente, as inadiáveis reformas virão por tabela. Após o carnaval, entretanto. A Quaresma é período auspicioso para se travarem, e se destravarem, essas batalhas, não te parece?
Muito me comoveu a atitude republicana do companheiro Ignácio sobre
a formação de um Conselho de Estado, formado pelos que exerceram a mais alta Magistratura do país, para que possam passar sua experiência ao incumbente. E desde já concito-te à participação. Tua facilidade natural para o diálogo e a condução colegiada dos altos destinos da Nação é por demais preciosa para não ser integralmente assimilada e aproveitada.
Lembras-te bem daquela passagem memorável, transcedental, de nosso Hino Nacional:...Mas se ergues da Justiça a clava forte, verás que um filho teu não foge à luta...e que no meu entender, aplica-se também à filha, concordas?
Viste por acaso como os nossos irmãos norte-americanos têm reagido à pérfida tentativa de órgãos e indivíduos irresponsáveis de explorarem filhos menores de incumbentes Presidentes? Repelem, repito, repelem veementemente. E o jovem Barron lá, como Michelzinho cá, têm todo direito à sua infãncia saudável, sem percalços.
Pois vê, tanto me alonguei nas minhas reflexões que acabei perdendo o Jornal Nacional e o subsequente capítulo da novela, bem como a rodada do BBB. Espero que ligues e me contes tudo, tudinho, pois não vou perturbar o doce sono de Chela.
Bises, Chechel