Alguém de olhos negros
Já nem busco mais, onde será que eu me perdi?
E onde você está?
Eu me tranquei e você se libertou.
Onde será que tudo se tornou tão frio?
Fecho os olhos; de olhos abertos não vejo nada, nada além de um sonho distante.
È você homem, mistério... solidão
Alguém de mãos frias as pôs sobre mim.
Senti minha alma sangrando;
A cada lágrima azul que deixei cair de mim.
Feridas antes cicatrizadas, agora expostas e dolorosas.
Alguém de olhos negros, que preferiu não ficar nem partir;
Deixar-me sem seguir, me olhar sem me ver.
Esqueceu-me na minha própria escuridão.
Andei por ruas desconhecidas, vi seus olhos negros se tornarem azuis.
E senti a recusa desse seu modo de ter, estar, ficar...
Disseram-me que seria assim, algo inexistente em você, porém vivo em mim...
Permaneço a cada instante, imune e constante...
Nada devo temer você está sobre minha pele.
Devo apenas saber, porém fora do meu alcance...
Tudo some; você fecha seus olhos e eu abro os meus;
Nada fica imóvel no seu próprio e devido lugar.
O silêncio me incomoda e o medo me condena o que mais te atrapalha???
Nego que sofri juro que não chorei...... E alguém de mãos frias pôs seus negros olhos sobre mim.
E eu me rendi, sem mais nenhuma vírgula, me rendi aos seus negros olhos, que tocaram minha alma fria...