MACHUCA-ME POR SABER QUE O MEU AMOR É INFINITO!
Finca profundas farpas no meu
jeito puro de lhe entregar o amor!
Sarcástico jeito de ferir o inocente
coração que se confessou completamente seu!
Insatisfeita com o desentendimento do
seu peito prefere atribuir a mim
aquilo que jamais causei!...
Tento entender essas fraquezas
que são partículas de névoa se
comparadas ao grande iceberg
que flutua no seu medo!...
Atira-me torpedos de sentimentos
abjetos como se eles fossem
todos tão comuns e,
podem até ser,
mas são verdadeiros...
sinto profunda tristeza por tê-los
feito crescer no pântano do seu coração!
Não aceito esta hora.
Sei que ela irá passar como
tudo que por mais insistente
que seja passa.
Sei que um dia irá perceber que
as ondas não são todas iguais e
nem o sol que brilha sobre os seus olhos
é o mesmo sol que me aquece a tez
desencorajada d'agora!...
Prefiro sentir o sol mesmo
não podendo fitá-lo por me causar tanta dor!
Prefiro iludir-me com a lua
que brilha roubando o resto de
luz da grande estrela a ficar na escuridão
infindável das noites no cárcere
do meu coração!
Estou a preferir, apenas, que as
minhas letras reunidas não
consigam nem se juntarem e,
quem sabe,
possam continuar silenciando
o meu grito!
Maltrata-me com esta insensibilidade
muito mais do que a adaga
que cravou em meu coração,
cessou minhas ilusões
separando-as como esquartejamento
de animal na fila olhando desencorajado e
sabendo do seu fim!
©Balsa Melo (Poeta da Solidão)
12.07.07
Paraíba - Brasil