CAMINHOS...DESCAMINHOS!...SAUDADES SUAS!

São caminhos que surgem,

são estradas desencontradas que levam,

que trazem...

são efemeridades que não se relatam...

são!

Olhos que estão a me fitar

sem me perder da mira!...

Sonolentos encantos que adormecem

sem candura!

Obsoletos argumentos que apenas

lamuriam na esfrega dos lábios,

estranhas entranhas que não prendem

nada mais,

mas expulsam o amor que não resiste

ao descaso quando prenunciamos o ocaso!

São tampas que não vedam!

Estão para preencher espaços

que não podem ser ocupados e,

tampouco,

preenchidos...

São dores que latejam,

incomodam,

tiram o rumo dos olhos,

impacientam o corpo,

doem o coração e

o rosto que carrega as

ultimadas gotas da alma!

São células amorosas mortas...

foram um dia sadias,

mas não puderam resistir ao

conflito das suas partículas lançadas

em forma de desprezo e

à acidez da sua indiferença!

As minhas mãos estão receosas...

enrugam enxugando o lamentável pranto!...

Sofrem tanto quanto os meus

olhos que vêem,

mas não se mobilizam pelo

cansaço indizível do prêmio que

irrora a minha trajetória com

desditosas saudades suas!

©Balsa Melo (Poeta da Solidão)

15.11.06

Cabedelo - PB

BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO)
Enviado por BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO) em 08/07/2007
Código do texto: T556320
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.