AMANDO SEMPRE... APESAR DOS DESENCONTROS!
Não abuse na sua fala!
Resta-nos muito pouco tempo!
Aproveitemos melhor o que temos para
exalarmos neste momento que poderá ser o último!...
Discorreram tantos tempos desde o
momento em que nos despimos das culpas e,
agora, só nos resta a eternidade!...
Não abuse no uso da minha paciência,
embora ela seja longanimidade,
posso recair e
pôr tudo a perder!...
Olhe atentamente e
verá que muitas coisas mudaram,
talvez nem perceba a verdadeira transformação...
ela é imponderável!...
Tento lhe chamar a atenção não para as carquilhas que se aglomeram na minha face, tampouco para as mechas brancas tingidas pelo tempo em meu rosto e na minha cabeça,
mas para o brilho da minha alma e
para o timbre dos meus gestos!
Não insista com coisas inúteis,
não se exaspere na desmedida atenção,
quem muito se agita pouco tem para oferecer!...
O próprio corpo se denuncia!
Tente outra vez!
Imagine que não exista coisa alguma além de nós!
Pense,
sobretudo,
que não possa existir nenhum tipo de sentimento que se identifique com o ressentir,
mas abra os braços para o abraço,
descerre a prepotência,
afrouxe os lábios e sorria!
Resta-nos pouco tempo!
Talvez tempo algum nos reste!
O girar do mundo acontece apesar dos pesares!
Seríamos únicos em nossa história e
com os nossos tantos tempos,
mas você preferiu,
outra vez,
deixar o tempo ser tão comum!
(In)felizmente!
Acreditei que existisse um tempo!
Cri na fatal idade,
na fatalidade que muitos encontram
quando se perdem no corre-corre da cronologia
que o coração não consegue apreender para aprender e
mestrear para tantos que não querem saber que é preciso ser feliz...
sem nada custar, pois o amor não deve ter preço!
Preço algum...
apenas o riso da pessoa amada!
Eternamente e
ternamente no amanhecer de cada dia!
©Balsa Melo (Poeta da Solidão)
11.12.06
Paraíba