À mana Bebel
Foi muito boa mesmo a estada nas Pitangas. Mamãe faz comidas ainda mais gostosas, Papai reconta histórias de que eu me havia esquecido, como a do Gambá, por exemplo, que eu teria contado e encenado ainda na mais tenra e terna infância: os banhos ficaram descomplicados com o arranjo do painel solar que os meninos instalaram no telhado - o que demonstra que trepar no telhado tem o seu lado abençoado...
Revi gente com quem não me contatava havia muito, como ex-colegas de ginásio; visitei o barraco da tia Lia, que está muito simpático e aconchegante, e lá usei e abusei de seu computador e do tele 1067, além de mirar uma lua que se pouco se via, muito insinuava, tanto de crescente quanto de imponente.
Tive a satisfação de bater uns papos com o Beu que me pegou no aeroporto, bem como com o Nacho que me levou a Beagá; revi tia Lia, que embora inerte, continua recebendo todos os cuidados e mimos de Papai - com a ajuda providencial da Yara; fui ainda por cima visitado pelo Márcio Melo Franco, acompanhado de Seu Jésus, e recebi uma animada embaixada divinopolitana, capitaneada pela incansável, e jovialíssima Lúcia Rodrigues; enfim, um retiro pra lá de espiritual.
Faltou-me tempo pra dar um pulo no Brumado e acho que o Paricido não irá me perdoar, tampouco a Graça, mas também, tão pouco o tempo...Ah, e faltou ocê lá também pra gente tomar uns golinhos de Amarula...que a língua da gente tanto adoça quanto açula...Vitória e Guilherme queriam estar por lá tb, mas não deu. Cecília chegou no dia seguinte à minha saída, mas marcamos pra breve um encontro em Brasília, ela que vem se tornando useira e vezeira desta nossa capital. Apa e Zé telefonaram pra desejar boa estada e boa estrada.
Peço mandar-me, se Vc tem arquivado, o artigo de Mamãe com suas memórias da Fapa. Que, aliás, reli, e achei tão prenhe de significado, de tocante que é pra nós que nascemos naquele torrão, tanto cristão quanto pagão.
Otra cosita: as pitangas, conquanto raras, enrubescidas, tavam no ponto. G, de gostosas.