As quatro luas

Em tua ausência, ouço algo me chamando.

Quando a brincadeira perde a graça.

Liberta és minha alma em outros mundos.

Em teus encantos perco os meus sentidos.

Nem me lembro onde isso começou.

Nem sei por que o futuro me dói tanto.

Vendo as quatro luas, não é difícil reconhecer os guardiões da escuridão.

A beira da fogueira, na companhia de meus poetas mortos.

Recitando nossas dores em verso de improviso.

Não pude me prender ao suicídio dos amigos.

Porque vejo apenas cinzas de um sonho.

Não pude me prender ao suicídio dos condenados.

Em meio às cinzas de seu medo ainda posso respirar.

Eduardo Perez
Enviado por Eduardo Perez em 25/07/2015
Reeditado em 18/02/2018
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