Para ler num futuro não tão distante
Há uns 5 anos atrás eu me imaginava numa situação bem diferente na qual eu estou hoje. Sempre queremos o melhor para a nossa vida, não? Então, eu também queria o melhor pra mim. Eu não estou reclamando do rumo que às coisas levaram, sempre acreditei que tudo acontece por um motivo maior. Só estou dizendo que, porra, vejo tanta gente com a minha idade viajando, trabalhando, fazendo cursos na área que gosta... e eu? Eu passei o último ano da minha vida em casa, numa mesma rotina filha da puta que me fez cavar o meu próprio buraco.
Qual o meu problema? Será que eu vou estar nessa mesma rotina daqui 5 anos? Eu realmente espero que não. Aliás, não, eu não vou estar! E afirmo isso com todas as minhas forças, mesmo que sejam poucas. Não quero mais ver os dias passando com a mesma sensação de que não estou fazendo nada, essa coisa de acordar, ir para a frente do computador, mexer nas redes sociais, comer e ir deitar de novo. Quanto tempo eu perdi fazendo isso todos os dias? E o pior, os dias passam tão rápido que eu nem percebi que passei quase 1 ano fazendo apenas isso.
Quando eu ler essa carta de novo (pode ser daqui 1 mês, 1 ano ou sei lá), não vou mais estar nessa mesma situação mesquinha. Eu sei, eu sinto que a vida me reserva muitas coisas boas, mas não é sem sair do lugar que eu vou encontrá-las. Fui refém da minha própria procrastinação, e eu não quero mais deixar nada pra depois.
Quero voar sem temer. Quero viver e ter certeza que tive uma vida vivida. Quero, que daqui 5 anos, eu possa escrever outra carta contando todas as minhas aventuras, porque é delas que eu vou atrás.
E se alguém estiver lendo, olha, vou te falar uma coisa: O mundo é grande e ele só está esperando por nós. Quem sabe a gente não se esbarra em um desses caminhos da vida?