A Cena.
Sentir tua falta faz com que eu esqueça de mim a cada vez mais.
Não faço parte da tua idealização, não sou personagem nesta história apenas um bastardo figurante metido a besta e agora de coração partido e de alma negra.
Que covardia me colocarem neste jogo de mata mata sem me dar armas para lutar.
Amigos de curto prazo e de validade, validade nenhuma. Em quem vou confiar se não consigo nem olhar direito e direto no espelho sem sentir vergonha e nojo de mim mesmo. Não fui o prêmio, nem jogador, nem a arma. Apenas a caça, o pobre servo ingênuo e agora morto.
Banha-me em tuas lágrimas, corta-me com tuas palavras, crava em mim os teus escritos e me rouba o coração. Fui a presa de um leão! Covardia! Devo pisar em vocês! Mas com que força?! Estou por um fio, não há caminho, todos foram cobertos pelas sombras, não vejo mais a luz.
Amo-te também como irmão mas, não posso lhe tocar. É um auto flagelo. Meu querido eu tenho o que preocuras e sem lhe cobrar nada eu lhe salvaria mas, não sou eu seu salvador, nunca fui.
Deito-me agora e deixo tudo isso me consumir, sei que estou sozinho e sem forças pra continuar. Vivendo ás margens do tempo, tempo que se esgota lentamente e me mata dolorosamente.