MISSIVA INFORMAL - Para recordar
M.G, Jan 31 em 7:27 PM
Querido irmão.
Saudações fraternas.
Agradeço sua deferência em ler meus escritos e comentá-los sempre elogiosamente. Mas eu sei que uns são bons, outros nem tanto. Depende do estado de alma. Escrevinhador não tem inspiração... Tem estado de alma! A nossa adorada e magnífica língua é a única coisa de bom que vamos levar por último. Isto é uma certeza.
Ninguém dirá, na despedida como nas primeiras palavras da vida: um adeus; uma benção; um agradecimento a Deus; uma palavra final de saudade e amor a quem fica, e a este pedaço de mundo: em outro idioma.
Só aquele gravado na alma e coração. Aquele que está impresso no espírito do pensamento, que expressa nossas vontades e intenções. Os sonhos se transcorrem sempre na língua materna.
Bilac em sua poesia “Língua Portuguesa”, diz bem como é linda, poderosa e difícil dominá-la. Todas as “criaturas valentes” o são. Passamos a vida e não a conhecemos – a tenho (a língua), como uma mulher linda muito competente; mas muito exigente, vigorosa e caprichosa. Mas quando solta sua voz, encanta milhões, na riqueza de sua prosa e versos tanto escritos quanto falados, deixando as demais com visível menos recursos.
Língua portuguesa
Olavo Bilac
Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
Amo-te assim, desconhecida e obscura.
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idiom*a,
em que da voz materna ouvi: "meu filho!",
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
E Fernando Pessoa (que sempre cito, por sempre ter uma palavra a calhar) disse: "Minha Pátria é a Língua Portuguesa".
Também a minha única e considerada Pátria é minha língua (meu universo de vida) – não me atenho a este externado e lamentável feudo que nos circunda de perto.
Claro que o Espanhol às vezes é muito emotivo em seus "protestos e lamentos" nas suas construções que sempre levam um toque poético: "Gracias a la vida que nos há dado tanto" - Mercedez Sosa -, foi um arauto. O francês que por falta de uso o desaprendi; tem sua força nos momentos (da mente-histórica) graves! O inglês e sua praticidade de "língua de índio" - o Mauro (filho), que tem proficiência certificada por Harvard e Oxford diz isso. Tom Jobim que cantava e compunha com Frank Sinatra dizia isso. Isto não é falar mal, é a tecnicidade linguística, mais o pragmatismo, que a faz assim. Os exemplos que sempre ocorrem: cowboy, batman, wathermelon, table (o português possui inúmeros tipos de mesa; o inglês uma expressão só para todas. Só alguns exemplos... Pior quando se usa "design" para desenho, qual a grande vantagem ou diferença dos termos? E bike então? Acho que é por isso que “consegui desaprender” de andar de bicicleta. E por aí vai...
Mas a mim, nada se iguala à nossa língua materna. O PORTUGUÊS.
Bem... Estimado mano; vamos ficando por aqui. Fale mais comigo. Visite mais o Recanto das Letras, é lá que mora meu pensamento. Lhe estimo e não o esqueço nunca...Acredite!!
É isso! Até mais... Um forte abraço! Obrigado por me escrever sempre.
Mauro
M.G, Jan 31 em 7:27 PM
Querido irmão.
Saudações fraternas.
Agradeço sua deferência em ler meus escritos e comentá-los sempre elogiosamente. Mas eu sei que uns são bons, outros nem tanto. Depende do estado de alma. Escrevinhador não tem inspiração... Tem estado de alma! A nossa adorada e magnífica língua é a única coisa de bom que vamos levar por último. Isto é uma certeza.
Ninguém dirá, na despedida como nas primeiras palavras da vida: um adeus; uma benção; um agradecimento a Deus; uma palavra final de saudade e amor a quem fica, e a este pedaço de mundo: em outro idioma.
Só aquele gravado na alma e coração. Aquele que está impresso no espírito do pensamento, que expressa nossas vontades e intenções. Os sonhos se transcorrem sempre na língua materna.
Bilac em sua poesia “Língua Portuguesa”, diz bem como é linda, poderosa e difícil dominá-la. Todas as “criaturas valentes” o são. Passamos a vida e não a conhecemos – a tenho (a língua), como uma mulher linda muito competente; mas muito exigente, vigorosa e caprichosa. Mas quando solta sua voz, encanta milhões, na riqueza de sua prosa e versos tanto escritos quanto falados, deixando as demais com visível menos recursos.
Língua portuguesa
Olavo Bilac
Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
Amo-te assim, desconhecida e obscura.
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idiom*a,
em que da voz materna ouvi: "meu filho!",
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
E Fernando Pessoa (que sempre cito, por sempre ter uma palavra a calhar) disse: "Minha Pátria é a Língua Portuguesa".
Também a minha única e considerada Pátria é minha língua (meu universo de vida) – não me atenho a este externado e lamentável feudo que nos circunda de perto.
Claro que o Espanhol às vezes é muito emotivo em seus "protestos e lamentos" nas suas construções que sempre levam um toque poético: "Gracias a la vida que nos há dado tanto" - Mercedez Sosa -, foi um arauto. O francês que por falta de uso o desaprendi; tem sua força nos momentos (da mente-histórica) graves! O inglês e sua praticidade de "língua de índio" - o Mauro (filho), que tem proficiência certificada por Harvard e Oxford diz isso. Tom Jobim que cantava e compunha com Frank Sinatra dizia isso. Isto não é falar mal, é a tecnicidade linguística, mais o pragmatismo, que a faz assim. Os exemplos que sempre ocorrem: cowboy, batman, wathermelon, table (o português possui inúmeros tipos de mesa; o inglês uma expressão só para todas. Só alguns exemplos... Pior quando se usa "design" para desenho, qual a grande vantagem ou diferença dos termos? E bike então? Acho que é por isso que “consegui desaprender” de andar de bicicleta. E por aí vai...
Mas a mim, nada se iguala à nossa língua materna. O PORTUGUÊS.
Bem... Estimado mano; vamos ficando por aqui. Fale mais comigo. Visite mais o Recanto das Letras, é lá que mora meu pensamento. Lhe estimo e não o esqueço nunca...Acredite!!
É isso! Até mais... Um forte abraço! Obrigado por me escrever sempre.
Mauro