o Retorno do besouro de ouro
nuvens acumuladas acima de minha cabeça
voando sem asas minha esperança cega
cruzes sem pontas indicam a procissão
o caminho
o mundo abriu os botoes de seu casaco
recrutou os melhores decendentes e seus cumplices
para gritar
pregar
sua doce e triste doutrina
as mascaras continuam a possuir as almas
fantasiando corpos sem cores
todas as portas estao fechadas
e penduradas acima, cabeças de animais sagrados
indicando
revelando
o modo de dizer que és astuto
gazes fedorentos rufam do tambor
desnudam a musica sem letra
marca o ponto de transiçao da mente
da vida
que ocupa e inibe o que se sente
nada agora é verdadeiro
tudo parece negro e perverso
acumulados em seu ninho
reinventam formas de se viver
sem ter que sofrer
libertando-se de suas dores
gritos de insanidade
soprando junto om o vento frio
que congela os sentimentos puros
de animais
de um coletivo
de uma sociedade montada
para artistas ricos desfilarem suas fantasias
recebendo aplausos dos plebeus
que com suas roupas rasgadas
bebem o vinho incolor
que acabara de ser servido
pelo anão servente
do rei
sentado em sua cadeira
observa apontando a todos
que não lhe agradam os olhos
reinventando novamente
a ordem do lugar