o Retorno do besouro de ouro

nuvens acumuladas acima de minha cabeça

voando sem asas minha esperança cega

cruzes sem pontas indicam a procissão

o caminho

o mundo abriu os botoes de seu casaco

recrutou os melhores decendentes e seus cumplices

para gritar

pregar

sua doce e triste doutrina

as mascaras continuam a possuir as almas

fantasiando corpos sem cores

todas as portas estao fechadas

e penduradas acima, cabeças de animais sagrados

indicando

revelando

o modo de dizer que és astuto

gazes fedorentos rufam do tambor

desnudam a musica sem letra

marca o ponto de transiçao da mente

da vida

que ocupa e inibe o que se sente

nada agora é verdadeiro

tudo parece negro e perverso

acumulados em seu ninho

reinventam formas de se viver

sem ter que sofrer

libertando-se de suas dores

gritos de insanidade

soprando junto om o vento frio

que congela os sentimentos puros

de animais

de um coletivo

de uma sociedade montada

para artistas ricos desfilarem suas fantasias

recebendo aplausos dos plebeus

que com suas roupas rasgadas

bebem o vinho incolor

que acabara de ser servido

pelo anão servente

do rei

sentado em sua cadeira

observa apontando a todos

que não lhe agradam os olhos

reinventando novamente

a ordem do lugar

rdeorristt
Enviado por rdeorristt em 15/09/2005
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