Do coração para a paixão
Para a paixão
Sou o coração e falo agora um relato de uma carta minha para a paixão. Um belo dia, eu coração, estava assolado com a solidão comecei do nada a escrever coisas para a querida paixão e comecei assim:
Paixão por mais que pulse todo esse sangue em meu corpo esponjoso não supero o seu distanciamento de mim, cada dia que passa, fico pensando o quanto fomos apaixonados e até deixei você entrar neste pobre ser para me tomar algo puro que cultivei muito tempo para derramar em tuas mãos e do que adiantou. Precisava de mais tempo para você virar amor só que sua esperteza de ser sempre paixão iludiu-me deixando-me no chão sem calçado para desviar-me das pequenas pedras do sentimento.
Como posso seguir meu rumo agora sem você, já que para poder deliciar do amor tenho que primeiro ter você. O meu erro foi deixar que soubesse disso e seguiu esse vácuo para deixar-me nesse lamento inoportuno sem gosto nenhum a beira de um ataque cardíaco por chorar lagrimas de sangue pelos meus poros deixando-me vazio e sem razão para viver. Não repreendo você apenas te peço que pense na minha dor, pois se correr para bem longe de mim jamais serei feliz porque saberei que do amor nunca provarei.
Enfim faço das minhas lembranças um convite para que hospede nesse coração só um pequeno tempo, pois é o que preciso para sentir o amor calibrar minha vida, tirar essa ferida que me deixa desgastado, sem prazer, sem o néctar do fazer, nem a finas pontadas das alegrias e das tristezas porque só o amor tem várias facetas para transformar nosso ser em dilúvio de alegria sem fim ao lado do par ideal. Deixa-me ser teu dono por pouco tempo, aí te farei rei e nunca mais voltará ser paixão pense que quando você deixar ter você, se transformará no mais puro sentimento o amor.