A fonte de meu querer...

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Amor,
O tempo é como o vento:
Passa
E vai levando consigo,
Mesmo que invisivelmente aos olhos,
Partículas de nosso ser,
De nossas emoções,
De nossos sentimentos...

Amor,
Outro dia
Um dia assim quase que sem querer
Eu descobri que uma fonte pode saciar a sede,
Suavizar o calor
E dar prazer,
Como um oásis no deserto da solidão.
Há também a triste possibilidade
De a fonte se secar,
E quando isso acontece,
Resta o sedento estado de secura na alma,
Que de ressequida,
Murcha,
Enruga
E morre...

Amor,
É isso que sinto
Quando no deserto de minhas noites
Lembro do oásis
No refrigério desse nosso querer...
Meus lábios anseiam aplacar a sede
Na umidade de seus beijos
Meu corpo anda sedento de você.
E o tempo como o vento
Assovia um lamento embaixo do jambeiro
Na manhã orvalhada que a noite sonhou...

E eu pergunto tristemente,
Sem a resposta dos carinhos seus,
Será, meu DEUS,
Que a fonte realmente secou?
Nina Costa
Enviado por Nina Costa em 01/01/2014
Reeditado em 01/01/2014
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