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Minha querida,

Quem a atura?

Fez literatura,

é o máximo!!

A duas mãos cravo minhas bandarilhas, toureio a ideia e cravo-a na frase que investe! Ninguém a atura, a sua fala é pura, minha musa! Vem e me usa e deixa que deste modo eu faça minhas histórias e as encha de poemas, gosto de versos.

Na verdade só posso encher meus contos com o que conto, em prosa é perfeito pois conto com o que não conto e isso é como os poemas ainda por escrever. Mas hoje escrevi poemas e quero dar-tos a ler, dizendo como os escrevi?

Não, tu adivinhas-me melhor imaginando, vamos então andando serei cronológico de há uma hora para cá; despacho-me e vou-me embora, com pena minha...

A verdade é capaz de ser esta, se tivesse todo o tempo do mundo era capaz de ser mudo!...

VER_TER POR TI

Cada dia mais linda...

sempre diferente

para te sentir

nu meu corpo

a vestir a alma!

Entumecido falo

falo com ele de ti

até ele não saber mais

que dizer e tudo ver_ter!

SENSOR_I_AL_IDADE

nem por um segundo

o primeiro segundo

quando te leio...

deixa de ter

acontecido

primeiro

e

continuado depois!

PLANTANDO VER...

Somos muito parecidos no

que vou dizer...

o que vem é

o que...

está a acontecer!

(eu e a planta que crio

sem querer... nu vaso)

[nu vaso: a ideia - onde crio a planta imaginária!]

MINHA CARA

quando retiras a máscara

teu rosto é a imaginação

a qual nunca se mascara

e olha bem no coração!

Francisco Coimbra
Enviado por Francisco Coimbra em 27/08/2005
Código do texto: T45509