Viajante sem destino
O tempo voa e com ele seus sentimentos se escondem, mas sempre haverá hora para que retomes, pois estou aqui, distante, desagregado, mas vivendo em busca dos seus afetos que jamais irão morrer.
Me sinto em viagem, um viajante sem destino, a procura do que não perdi, menos ainda sobre o que pretendo encontrar.
Proclamo minha saudade como combustível, tenho-me como força ansiar-te.
Em qual nuvem estarás?
Ou será apenas em cima de uma árvore?
Sorrindo com cada palavra boba que soa dos meus lábios.
Talvez perdida quanto eu, ou simplesmente espalhando o belo sorriso que aprendi a cultivar, tão alto, a ponto de todos acordarem, anjos e até querubins.
A onde quer que estejas, sorria, espalhe amor aos derivados de amar,
mas lá no fundo, separe o afeto que é meramente composto pelo que sou, para que eu sorria apenas em fazer-te feliz, como sempre foi e devera ser.
O tempo voa e com ele admiro-a mais, por perceber com o mesmo, que és o preenchimento de cada lacuna que compõe um desconstruído peito, não tão vago, porém, notoriamente incompleto.
Por mim, esteja feliz, garanta que cumpri meu dever nesse mundo, rir lhe fazendo sorrir, mesmo que ao fim, eu tenha regado seus lábios com lágrimas.