Tedra medra

Caro Brazílio,

Tedra está em exílio.

E mesmo sem ter filhos

Não tem muito tempo, não.

Porque em Roterdão

Tem sublotação.

Falta pessoal de montão

E Tedra trabalha como cão.

O único rabisco de Tedra

medra

de planilhas, de ordens de serviços,

De ofícios.

À literatura, neste momento,

Resta só o pensamento, por vezes o forte sentimento

De que a vida segue seu rumo

E a arte reina soberana

Em nós.

Paulo Miranda
Enviado por Paulo Miranda em 01/10/2013
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