Uma carta guardada...
Uma carta guardada...
(Achei na gaveta do tempo...)
Terra dos sentimentos
Na data do fogo na alma.
Querido ser, venho dizer-te que caminhei
estradas desconhecidas e necessárias, passeei no tempo que nem
sabia que o tinha buscado. Um dia, do nada, fui para um lugar onde
a névoa do saber inconsciente tocou-me. Tu, que mal chegarás , já
te ias.E eu nem percebia que jamais poderia te ver de novo. Na tela
do teatro cúmplice já se desfazia a tua imagem. Foi então que a magia
da adivinhação me fez alcançar-te. Comuniquei-me como se fosse comum isso. Era pra ser assim, só um ou oi e um tchau, para mostrar
o que minha alma sabia do "agora". E a surpresa "educada" aconteceu,
um agradecimento mimoso e natural...
Depois disso o mundo tomou a essência da escrita, e a alma brilhou...
Querido ser, dos tempos em que existências outras foram vividas, nunca
mais foi possível deixar de amar a Lua. A vida se tornou um sonho
contado, uma agenda desenhada, um coração contido, um pensamento
escolhido, e a hora certa para se sentir perto mesmo na distância.
Que história foi essa? Que foi capaz de se identificar, sem um toque,
sem um cheiro, sem uma troca de palavras?
Descrever não é fácil, pois é uma história simples demais, que tem um
bem querer indecifrável, sem explicação, é doce, é de alma e corpo no desenho dos sonhos buscados e que alimentam a vida...A nossa vida!
Esta é a carta que achei no fundo da gaveta...
Quem assina? A alma deles!
Nara Stern. (n.r.s.s.)
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