Vem cá meu bem ...
Ontem estava me lembrando de nos dois, me deu uma baita saudade de rir com você. Um riso solto espontâneo, este que nós dois sabemos como é. Rir por qualquer coisa ou de qualquer coisa, rir de nós mesmos e do nosso jeito de ser.
É incrível como algumas coisas nos acompanham pelo tempo, uma lembrança nos faz voltar e reviver de maneira sutil um prazer que não temos como negar.
Lembrança de nos dois, rindo ou discutindo sempre é algo que me deixa nostálgica, afinal, são tantos momentos bem vividos, cenas indescritíveis que nos acompanharam durante todos estes anos e que não vale a pena fingir que não me lembro, elas existem.
Acredite você foi único e, ainda, continua a ser.
Mesmo seguindo com nossas vidas, novos amigos, novos amores, a saudade é latente, não acredito que você não sinta o mesmo, pode ate ser, mas em mim ela é tão forte.
Saudades do meu amigo, meu colega, meu parceiro, mesmos com diferenças me sinto tão igual a você, sinto uma saudade do que sou quando estou com você, viva, acessa, com os olhos brilhantes, cheia de paixão pela vida, uma exploradora de novas aventuras, me sinto uma “mulher gato”, audaciosa e foraz.
Ai que saudades do meu amigo, de conversar futilidades, de sonhar, de ouvir seus conselhos, de sentir seu apoio. Poxa você era demais.
As vezes, me pergunto se você ainda mantém esta sua essência, ou se deixou se contaminar pelos “espertos” vísceras tão realistas com suas faces carrancudas para demonstrarem seriedade e respeito. O que questiono, afinal, nós dois sabemos que para se ter seriedade e respeito basta ser quem somos, prezar pelo caráter e valores, não preconceituosos e tementes a Deus.
Há dias que me acontecem centenas de coisas que fico louca para te contar, para te ver rir ou para me aconselhar. E, nestas horas, ter você disponível, por email, telefone, cara a cara pra desabafar.
Sinto-me a mesma, flor de margarida em um jardim, continuo lendo poemas, acreditando em sonhos, e vivendo o conflito de ter que decidi-los frente a realidade da minha vida.
Manter meus princípios de amor ou inovar por praticidade? É uma duvida que não deixe de existir, enfim, a vida é rápida e nem percebemos o tempo passar, envolto nos trabalho e afazeres me perco sempre em você.
Peça manha, quando venho trabalhar, ainda sinto falta de sua companhia, nos lugares legais, penso: com ele aqui a coisa ia bombar... Concluindo: Como desejo meu amigo de volta!
É uma pena, este mundo ser tão poluído e nós sermos separamos por tanto amor, chega ser irônico.
Dizem que o amor une e os iguais se aproximam infelizmente em nosso caso não foi bem assim.
A ultima vez que nos vimos, e tudo foi quase igual à antes, enlouqueci, pensei que agora daria certo, faríamos tudo certo. Fiquei ate meio perdida.
Queria tudo em você, tudo de você, só não queria me afastar de novo, queria uma nova chance de ser no mínimo sua amiga e poder manter sempre um contato, conversar e não sentir esta saudade tão cruel.
Contudo, temos um sentimento implacável, forte que nos atrai, temos desejos iguais, afinidades ate nas contradições, uma química com uma liga tão intensa que incendeia minha alma e corpo.
Bom, não desejo ser fria e calculista, e não pensar em você, já fiz isso e de nada adiantou, não me cabe questionar a Deus os porquês, apenas, pedir que esta saudade se aplaque e que você seja feliz.
Tenho certa dor de não te-lo por perto para partilhar as coisas mais simples e bobas da minha vida, dor esta que é aplacada pela lembrança da imensa felicidade que vivemos em cada um dos momentos que passamos juntos, foi demais.
Bom, um sentimento assim, que me faz bem não poder ser podado pela frieza e falsa insensibilidade, ele é latente e faz meu sangue ferver, me faz sentir viva e viver.
Quando me depilo, quando me visto, quando me perfumo, quando estou no ápice do feminino desejo você, quando estou fragilizada, moída, estilhaçada, desejo ter você.
Que me faz sentir mais mulher, me faz desejar ousar, me faz ser intensa e acessa, então me pergunto? Como um sentimento assim pode ser ruim?
A idade, a beleza externa? O erro cometido ou omitido? O amor velado e reprimido? O medo? A covardia? A indiferença? A opinião social?
Coisas estas que um dia podem nos cobrar? Nos apontar? E, La no fundinho um dia nos fazer pensar: Será? Como teria sido? Porque não arrisquei? Consegui não ter sentimento?
Não sei explicar, talvez você tenha a resposta certa, porque eu não sei e vivo com tais perguntas sem resposta.