A sua Mentira não é a minha Verdade

 
A indecência escancarada de quem se julga muito esperto pode até soar como argumento de convencimento dirigido ao suposto tolo, que, antes de ser enganado, se deixou enganar. De tolo, nunca houve nada.

A verdade forjada com a fala macia e os olhos treinados de quem flerta com a mentira, até pode ludibriar os corações cheios de esperança e de fé na natureza quase humana.

A fala torcida, distorcida e dissimulada até pode ecoar como intenção perfeita de omitir para não magoar, de mentir para privar, de ocultar para não perder o valor. Mas é falsa.

O poder de destruição de quem olha nos olhos e reafirma a falsidade diante daqueles que confiam, se dedicam e os tratam com carinho é o exemplo irrefutável de caráter doentio ou da ausência dele.

Ninguém pode obrigar ninguém a ser sincero.
Ninguém, por mais convivência, afeto, cuidado, sentimento, pode exigir que o outro decida pela retidão e pela transparência da verdade.

Há muitas formas de traição.
A mentira, em qualquer nível, é uma delas.

Mundos são desfeitos porque em algum momento houve a opção por cultivar uma “mentirinha a toa”.
Relacionamentos são perdidos porque uma coisa “tão banal”, foi omitida.
Banal para quem?
Para quem mente ou para quem é alvo da mentira?

Quem consegue viver enganando seus semelhantes, aqueles que ama ou que um dia amou, não deve viver em paz. Ou se vive, não possui sentimentos, possui uma pobreza imensurável de emoções.

Há inúmeras leis humanas para punir os mentirosos, enganadores, dissimulados, falsos, e perjuros. Nenhuma delas é tão terrível quanto os tribunais da lei da consciência, da retidão, do caráter e do julgamento de Deus.
Portanto, há que viver na verdade e não se deixar afetar pelos que optam pela mentira.
São infelizes brincando de viver plenamente.
À eles, apenas compaixão, porque o futuro é certo:
Dor.



 
Edeni Mendes da Rocha
Enviado por Edeni Mendes da Rocha em 28/08/2012
Código do texto: T3853527
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