O NAVEGAR DO AMOR.

 

Imaruí, SC, 06/05/06

 

Senhora Amada,

 

 

 

Segundo tenho notado minha linda senhora, não existe esforço em mim para dizer sempre que te amo.

Simplesmente te amo!

Essa exclamação carinhosa é a expressão máxima desse sentimento que me invadiu, e tu minha querida és a responsável primeira por esse renascimento de mim mesmo.

Existem pessoas que não acreditam nessa possibilidade, entretanto, o que aconteceu conosco é sui generis, não muito inédito, mas sinceramente é real e pleno de blandícias gostosas.

E, em função desses sintomas amorosos, eu confesso que desde 16/11/05, minha linda senhora, eu passei a navegar os teus lindos olhos, e vejo neles água, estrelas, flores e beijos que voam em minha direção.

Se realmente esse sentimento que transita entre nós não for amor, somos obrigados a criar uma nova nomenclatura no léxico Português para que, saibam os pobres mortais que o nosso amor é totalmente diferenciado.

Essa diferença reside no fato de nós termos recebido esse amor, como um impacto proveniente de um influxo divino, pelo menos assim o sentimos a princípio.

Eu de minha parte diria que já nos amávamos sem nos conhecer, pois, já estava chancelado em nosso inconsciente o amor que deveríamos devotar um ao outro.

Mas as atribulações da vida com a missão que nos foi incumbida fizeram com que, nos desviássemos no tempo e no espaço.

Evidentemente se estamos trilhando numa proposição verdadeira, queremos crer que somos realmente uma promessa, que não convém perscrutarmos os desígnios do Ente Supremo que se encontra no inescrutável norte.

Portanto, cabe-nos tão somente aceitar as benesses do Senhor.

Por isso minha linda querida e amada senhora, estou totalmente confiante nesse amor que nos tem unido até o momento.

É verdade que ele é totalmente virtual, mas temos de considerar também a natureza do amor, pois ele é um evento ou um componente da alma, muito sutil, que por si só transcende o tempo, o espaço e, às vezes, até a compreensão humana.

Se formos questionar a existência do amor, a sua origem e a natureza, por certo, teríamos que questionar os nossos amores passados, quando eles foram totalmente enganosos, no entanto, não eram virtuais, eram perfeitamente presentes e nos ludibriaram, fazendo com que sofrêssemos amargamente.

Parece que estou sendo exaustivamente prolixo, mas para se falar do amor é uma tarefa infinita, pois a sua natureza também é infinita.

Muito papel e muita tinta os entendidos gastaram para definir ou escrever sobre o amor, mas esse é um tipo de sentimento que não carece de descrição ou explicação, ele apenas deve ser vivido com intensidade e sinceridade.

O amor a gente sente ou não sente, isto é um fato, não temos como questioná-lo, simplesmente devemos vivê-lo.

O amor é um atributo da alma, por isso, ele provoca rumores e murmúrios no coração.

Querida Glauci, hoje eu estou te amando cheio de murmúrios e saudades.

Aceite o meu beijo para acalmar os rumores que tu fazes em meu coração.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 17/02/2007
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