AMOR





Amor,
Hoje lembrei do nosso último dia dos namorados, você chegando com um pacotinho, me abraçando com seu jeito terno e aconchegante, eu chateada em ver a tal caixa pois havia pedido flores, então você respondeu: - Abra Rosangela deixe de ser faladeira, essas não murchurão, serão eternas.


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Quando abri a caixinha as lágrimas rolaram, dentro brincos em formato de rosas, acompanhando um pingente dourado, me joguei em seus braços beijando seus olhos, lábios, pedindo desculpas por ser intempestiva. Tivemos uma noite linda, um cinema, jantar, depois nosso cantinho, nosso ninho de amor, paixão e loucuras, embora a doença já o deixasse debilitado.
Como uma premonição dois meses depois você partiu, doze anos e ainda choro de saudades dos momentos de cumplicidade, companheirismo, amizade, amor.





Sinto falta dos momentos em que sorriamos por pequenas bobagens, das surpresas que fazia quando me presenteou com um livro e quando cheguei na página de n° 100 encontrei escrito a frase "Eu te amo", peguei o telefone e liguei para teu escritório e com os olhos marejados respondi "Amo você".




Você advinhava cada desejo meu desde um filme até nossos desejos insanos, intensos, se eu me pendurasse no lustre você ia junto, se eu me jogasse na parede você grudava, assim era nosso amor no sexo.
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Vou parando aqui, apenas olharei os casais apaixonados, feliz por eles, tentarei não chorar, mas a saudade ainda é grande, nesses últimos anos encontrei alguns amores, tenho plena consciência que ainda estou presa ao passado, tranquei o coração, me fechei em concha e agora está difícil sair ou a pessoa certa ainda não apareceu.

Beijos,

Saudades...

grevilha
Enviado por grevilha em 11/06/2012
Reeditado em 12/06/2012
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