...Cartas de uma suicida: Escolhas Erradas e Covardia...

Passei por todas as chances. Perdi todas.

Tenho a sensação horrenda de que joguei minha vida fora.

~~ Então, para quê continuar? ~~

A cada olhar detalhado, posso encontrar novos motivos para encerrar esta jornada: falta de amigos sinceros; falta de amores verdadeiros; falta de metas.

A vida doentia que levo parece ter engolido a pessoa feliz que já fui. O pior de admitir tudo isto é ter certeza de que não passa de fruto do que eu mesma escolhi.

~~ Então, escolho jogar tudo fora de uma vez! ~~

Não vou fazer falta pra ninguém mesmo. Não tenho ninguém, mesmo tendo tantos ao meu redor. Não sou amada, não amo. Não sinto falta, não causo saudades.

Sou um ser vegetativo em meio aos meus pensamentos abomináveis. Sou uma alma atormentada pelo vazio constante de um coração demente...

~~ Então, que pare de bater este coração adoentado! ~~

Quando todos souberem que escolhi um caminho sem chance de retorno sei que será uma surpresa, pois mesmo que eu carregue uma tonelada de lágrimas, jamais as deixei tão claras. Jamais joguei limpo com alguém como estou fazendo aqui nesta página.

Sempre pensei que tudo daria certo na minha vida. Pensei ser bem sucedida, amada, admirada. Mas nada disso aconteceu. Apenas o contrário. As pessoas me desrespeitam, somente atingi um terço de minhas metas e sonhos de vida...

E já não tenho mais tanto tempo para dispensar correndo atrás do prejuízo. Não tenho mais fé em nada. Perdi a esperança que já era mínima.

No entanto, ainda não tenho coragem de colocar um fim nisso tudo. Ainda me restou uma coisa: a COVARDIA.

Sou triste e covarde. Incapaz de acabar com esse sofrimento. Incapaz de tomar a atitude acertada e encerrar esta desgraça.

Quando me deito não consigo dormir. Fecho meus olhos e vejo monstros, vejo lágrimas, vejo desespero e desilusões.

Não tenho motivos para sorrir. Não tenho vontade de sorrir... nada me faz feliz, NADA me satisfaz.

Fico entre a divagação e o vácuo de uma existência insignificante. Fico ali, na linha tênue entre a sanidade e a loucura, me equilibrando em nome de sobreviver mais um dia. Vegetando, e jamais vivendo.

---------------------continuo depois.

Uma Suicida
Enviado por Uma Suicida em 09/04/2012
Reeditado em 09/04/2012
Código do texto: T3603575
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