Carta "Aline"
E eu que vivo falando de amor... Vivo falando de você pras minhas paredes e pras coisas que criei. E eu que acho que conheço coisas de amor, que sei dizer "amo você". E eu que sempre te escrevi poemas tentando traduzir o que ninguém conhece, escrevo agora só pela metade, com pouca alma. Aqui ainda toca uma música que fala em consertar algo, "consertar-se", talvez eu precise que você me conserte. Que me leve junto. Quando você estiver triste? Quando seus pés estiverem frios? Quando você não tiver mais versos? E quando você precisar de amor? Eu que achava que sabia alguma coisa, que jurava não chorar, sei quantas lágrimas posso derramar se você não voltar. Posso pensar nos dias em que errei, mas talvez os erros me tenham valido algo bom. De alguma forma fizeram você ver minhas fraquezas e o quanto eu poderia ser mais, o quanto eu poderia ser melhor com você.
Eu posso dizer que preciso de você. De cada gesto, do seu cabelo, do seu cheiro por todo quarto... Preciso de você acordando e ver você dormindo. Eu não posso deixar de ter você. Posso dizer que preciso aprender sobre seu mundo e amar o que houver nele. Eu não posso perder você.
E eu que vivia dizendo que te amava... Digo que amo mais, porque meu amor não é estático, mas pela primeira vez eu quero que você não se mexa. Fica comigo?