AS CARTAS DE AMOR QUE NÃO LHE ESCREVI

Um pouco mais de nostalgia, de lembrança, de poesia, fazem-me pensar nas cartas de amor que não lhe escrevi, mas desejei... Havia tanto lirismo em suas doces palavras, tanta sedução em sua voz, no jeito de falar de nós, de me conduzir na dança entre os lençóis.

E eu não disse a você o quanto lhe amava, não lhe dediquei aquele poema que quando escrevi deixou meus olhos marejados e a alma em sobressalto. Não cantei em seus ouvidos a nossa música preferida pra mostrar que sou romântica e e enlouquecida.

Não fui capaz de deixar a marca de batom em sua intimidade e cravar com minhas garras o avesso de suas vontades. Não entreguei todas as verdades, nem cabisbaixa e com olhar tímido, revelei sua imagem dentro de mim...

As folhas de papel ficaram amareladas, a caixa de emails, vazia, as cartas, as mensagens, os bilhetes que não lhe escrevi diriam muita coisa, e eu não poderia me esconder mais na indiferença, teria a prova cabal de meus sentimento, que deporiam contra mim no tribunal do amor, e todos saberiam que SEM VOCÊ NÃO SEI VIVER.

Irene Cristina dos Santos Costa - Nina Costa, o3/09/2011

Nina Costa
Enviado por Nina Costa em 03/09/2011
Reeditado em 03/09/2011
Código do texto: T3198187
Classificação de conteúdo: seguro