MAIS UMA FLOR DESABROCHA
MAIS UMA FLOR DESABROCHA.
13 de fevereiro de 2000
Querida Regina,
Hoje é o teu dia.
Ele é muito especial para ti e não sei o porquê, de fazê-lo também especial para mim.
Neste dia em tempos atrás desabrochou, de repente, uma ínclita flor.
E de tão suave, germinou, vicejou e finalmente abriu pétalas.
Hoje exposta como esbelta rainha flor, povoa os meus poemas ensimesmados e tristes.
A tua presença em mim é cativante, e agora te vejo ao longe e, orgulhoso fico, de haver te conhecido tão próximo.
Nesse período curto, mas agradável em que comungamos os nossos anseios, assenhoreou-se de nós o vestígio do destino e, no entanto, fizemos uma curva na rota onde, por certo, passou o bem querer.
Não sei como receberás este poema, eu só sei que nele de forma alada voa os meus anseios.
E os meus anseios, ah, os meus anseios, continuam numa busca perseverante e desesperada de ti.
Rê, tu és uma criatura adorável!
Em ti se atracaram todos os encantos, por isso escrevi vários poemas, inspirados no teu carisma e na tua forma sedutora de ser.
Aliás, é a única coisa que posso te devotar, são os poemas líricos, às vezes, ternos e tristes que, estão dormindo placidamente nos meus arquivos onde eu sepulto os sentimentos.
Hoje resolvi abrir a ante-sala das minhas emoções e nela vejo um bastante de ti que ficou impregnado em mim, com a vinheta saudosa da tua simpatia, graciosidade e beleza.
Quero neste dia que é somente teu, todas as coisas boas da vida, e que acima de tudo tu sejas feliz ou pelo menos a menos infeliz entre todas as mulheres, estes são os meus votos mais intensos e puros.
Na estrada percorrida da minha vida, eu só via folhas mortas de uma primavera, hoje passei a ver essa mesma estrada com flores de matizes vários.
Na verdade, um caminho risonho e inefável e, esse estado de alma, somente a ti eu devo.
Não me perguntes o por que.
Eráclito.