E o sonho ainda vive...
Na tristeza de um amor morto, a certeza de que a vida continua e que, apesar de tudo o que parece pesar, a estrada não pede bagagens e cada qual leva o que deseja carregar, o que suporta de seu sofrer, o que supõe que pode aguentar.
E me vejo no mundo, num espaço imenso, onde todas as forças e tudo aquilo no que mais penso, parecem simplesmente me abandonar no exato momento em que a solidão se instala, e a palavra que em minha garganta entala é justamente a que quero gritar...
Então, que não seja eterno o meu luto. E que aquilo o que, hoje, não mais desfruto, esteja diante de mim no futuro. Porque nunca mais buscarei no amor qualquer certeza que for diferente do sonho, que alimento em minha alma e que desejo ainda encontrar...