A menina inofensiva com um machado nas costas

Que sentido deve haver me perguntei,mas como quase tudo em você me deixava confusa,eu não notei,apenas evitei,só fiz pensar e a cada pensamento mas apegada ficava,se não tivesse você,não tinha graça.

Um certo dia tive pressa de chegar na hora certa,e ao fim da mesma,o desejo de que voltasse novamente.De repente a necessidade de ouvi-la dizer meu bem,o bem que tanto queria te fazer e ser,um oi ao tom da tua voz e nenhuma outra versão,aquele teu sorriso,surpreender-me com tuas viagens fora de hora,tua mania de brincar com assuntos sérios,fazendo de um filme de terror desenho animado.

Numa certa ocasião,a solidão apertou no peito,feito uma mão segurando a mão de alguem prestes a cair de uma altura sem volta,no desespero de não perde-la.Num instante,me senti irritada,ansiosa e mais apaixonada.

A menina enigma de repente fez sentido,enquanto todo o resto perdia,Eu que tinha medo de tentar me lancei,dizendo tudo o que tinha a dizer,até não ter mais palavras,e quando tudo o que se podia fazer era silencio,ainda assim quis ficar,na agonia de mantê-la perto,de não te perder,apenas ficar ali apreciando seu ritmo acelerado que nada tinha haver com o meu e que naqueles instantes,eu só podia comparar ao ritmo mais acelerado do meu coração por tua presença,A intenção era estar e opiniões contrarias jamais fizeram sentido a não ser pela razão mais evidente destes últimos dias,tatuada em sua pele feito aviso,A placa que dizia ,mantenha distancia,levantada por gente que não sabia absolutamente nada sobre você tinha em si uma unica verdade, A menina não assim tão inofensiva,havia um truque em suas mangas;minhas palavras talvez não tenham tido qualquer efeito e não deixaram nem rastros,eu que pensei que deixariam,não retiro o que te disse,você é realmente incrível,se não foi a tua intenção ao que acredito,só preciso te dizer uma ultima coisa,"se não eu não consigo dormir em paz" e agora até sinto falta do seu comentário nada romântico:" Diga o que te aflinge?"

Há uma marca em mim deixada por você e eu não sei como apaga-la ou se devo... e agora com você longe,as folhas coloridas voltaram a ficar em branco,recuso-me a preenche-las com as cores que não sejam teu laranja,por opção ou por já não ter forças,vasculho aqueles lugares em busca de teu rosto,respiro o ar na falta de seu cheiro,não consigo me conformar com este vazio que você deixou,não posso te deixar ir sem antes dizer Eu te amo!

Helen da Silva
Enviado por Helen da Silva em 29/05/2011
Reeditado em 28/07/2011
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