Mossoró/RN, 25 de maio de 2011

Querida amiga, Edna Lopes;

Obrigada pela demonstração de amizade, carinho e respeito pela minha pessoa, no fatídico episódio da mensagem distorcendo o que escrevi. Agradeço-lhe ainda por ter encaminhado aos leitores da mesma uma resposta a altura da mensagem recebida, o que se tornaria redundante se eu o fizesse também, porque o que teria de comentar a respeito... para mim já “virou” passado mesmo. De mais a mais, tenho meu tempo bem ocupado com coisas deveras importantes para valorizar atitudes que, exibindo  meu nome e foto, só objetivavam me expor, para que eu me nivelasse a tal postura.

Amiga, é aquela história “Não me justifico”, porque para os amigos não precisa e para quem não é amigo, não adianta.No entanto, desde que entrei no RL, conheci pessoas cultas, com sensibilidade que são capazes de compreender a mensagem de um texto, que têm humildade, embora sejam do mais alto status intelectual, mas nem por isso visitam minha página para pontuar erros de concordâncias ou algo parecido. Ao contrário, sempre retornam por se sentirem bem na interlocução que fazem enquanto interagem com o que escrevo.

Edna, admiro sua postura de sempre lutar pelo que acredita e sinto orgulho em ter sua amizade porque lhe reconheço justa, correta, tens a língua bem afiada e um coração que não cabe no peito, uma sensibilidade que contagia o leitor.Querida, já lhe descrevi certa vez porque escrevo e até tomo a liberdade de colar aqui meu comentário no seu texto ESCREVO, respondendo a sua pergunta “E você? Por que escreve?” Escrevo porque a escrita tá em mim, nas leituras da minha alma, da minha vida, do meu convívio, dos meus sonhos, meus silêncios, enganos, desenganos, nas dualidades em acordes: alegria/tristeza, fantasia/realidade, morte/vida, porque me descubro, me encontro, busco...extravaso sentimentos, o que penso, o que construo.Escrevo ainda pra que minha voz chegue aos ouvidos do coração, da razão e possa contribuir de alguma maneira na vida de quem me ler.Sendo a escrita um presente da vida, escrevo também pra agradecer esta dádiva e porque me sinto inteira ao escrever.”

É isso. Confesso também que, em nossa profissão, escrever e ler nos faz refletir, nos torna mais humanos. Considero-me uma pessoa feliz por ser quem sou: professora e aprendiz, mãe de dois filhos que amo muito e por acreditar no presente da vida, professora por compromisso, vocação e disposição para contribuir na formação cidadã, aprendiz porque o mundo vive em movimento e devemos ter humildade de reconhecermos que não sabemos e nem somos melhores que ninguém.
Querida, mais uma vez, obrigada!

Meu carinho!

 
Antonia Zilma
Enviado por Antonia Zilma em 27/05/2011
Reeditado em 04/07/2014
Código do texto: T2997698
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.