Noites

Vivo intensos dias de inquietações . Reflexões consomem-me a alma.

Por vezes, a angústia assume formas ,emite sons surdos e dementes.

O silêncio agoniante das horas infinitas devoram e são devorados ,

medos e pavores ressurgem das sombras e das cinzas, calo-me.

Perco-me nessa busca desesperada de mim mesmo.

Desfigurados nas noites infinitas , pensamentos e sonhos degladiam-se ,

pouco ou quase nada faz sentido , conceitos são revistos e refeitos.

Atravessado por cristalinas águas meu corpo é lava, e elevado à devaneios insensatos, insanidades são despidas.

No silêncio da madrugada sem fim reencontro-me, reconheço-me nas cinzas dos sonhos que se perderam nas agonizantes horas de angustia.

Refaço-me, reconstruo-me não mais apartir de tolos e insanos sonhos;

Cristalizo-me , faço-me forte alem das dores e das perdas.

E no Olimpo transliterado reino, sou homem, sou deus.

JAlmeida
Enviado por JAlmeida em 15/03/2011
Código do texto: T2850600
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