Enquanto eu perco o que quis
Como fazer diferente se há coisas que não posso mudar? Se saio, eu sou covarde. Se fico, acomodado. E nesses enquantos desatinados nos quais sucumbo à minha desgraça, os anos passam depressa e ninguém vive de promessa, e um dia não terei mais graça.
E o que colho nesse desconforto, que me incomoda e me faz infeliz, está distante de ser o que quero, não é isso o que espero, o meu querer não condiz.
E se nada é feito porque nada faço, mesmo quando inerte planejo meu passo, acumulo a energia que por dentro explode, e vejo o que todo mundo pode, enquanto eu perco o que quis...