Tintim

Salvador, 11 de outubro de 2006.

Tintim,

Não sei se te interessa ler o que a pessoa que julgou teu texto medíocre escreve, mas me interessa te escrever, sinto vontade e saudades. Ontem fostes embora e, mesmo que tudo siga naturalmente como sempre foi; que as atividades escolares sigam ignorando sua falta, isto parece um velório. Tânia chora, só vi uma vez, mas notei todas as outras que pediu para sair de sala para ir ao banheiro, como ela me parece saudável suponho que seja para chorar. Milena veio novamente com óculos escuros, bem, daí já não sei se foi para esconder lagrimas ou para esconder a falta das lentes de contato verdes. Quanto a mim, não chorei, não convém que chore.

Estas são as maiores novidades do dia seguinte fora, claro, as noticias de jornal que ainda não li, mas pretendo ler. Sobre jornais: acredito que estejam dedicando boa parte de suas páginas a questão eleitoral e que se o tivesse lido teria boas noticias, algo sobre “nosso” candidato estar se saindo melhor na campanha que seu concorrente. És um amigo bom, alem de amigo concordas politicamente comigo.

Esta minha tentativa de correspondência não está dando muito certo, está ficando massiva e chata de ler. Vou só terminar a carta alimentando um pouco teu ego. Fostes um bom amigo no pouco que fomos amigos; ensinastes-me a regrinha de só usar dois “esses” entre vogais; ficaste com o meu chapéu; previste meu futuro, “BARCO DA ANA - Futuro predestinado, desastre a vista” e por fim e principalmente gostas de política, alem de jogar domino muito bem é claro.

É isto Tintim. Até deus sabe quando e um abraço!

Ana