Carta de Natal
Qualquer Lugar, 25 de dezembro de Sempre.
Querido amigo Jesus,
Nesta época em que vivemos o seu nascimento entre nós, repasso na memória o ano que vivi. Alegro-me por me sentir como filho pródigo da sua parábola elucidativa, pois após algum tempo distante dos compromissos cristãos que me confiastes, percebo que o afastamento se deveu apenas a minha invigilância. O ano que se encerra foi o que marcou o retorno ao lar. Ainda em desequilíbrio e desalinho foi nos seus braços ternos que senti o aconchego e a proteção.
Trago ainda no peito a angústia de não ter substituído na minha alma os equívocos, frutos de duras viciações, pelo seu julgo leve e seu fardo suave. Mas fico contente em perceber que mesmo com os deslizes, frutos da costumeira invigilância, consegui firmar um passo importante no trato com minha espiritualização.
Percebo o desabrochar, ainda que tardiamente, da prática do amor que o Senhor nos exemplificou. A desenvoltura espiritual e moral não mora no entendimento. Suas raízes devem ser plantadas no amor incondicional.
Senhor, a gratidão é imensa. Sei que ainda hei de dar minhas costumeiras escorregadas e que haverei de buscá-lo novamente nestes momentos. E é por esta certeza que acredito que vou conseguir cumprir meu compromisso de melhora para o ano vindouro.
Desculpe-me a falta de presente no seu dia. A única coisa que posso oferecer é meu sincero pedido de perdão pelas falhas que prejudicam o seu divino propósito Senhor. Ajude-me a superar minhas fraquezas e fortaleça minha condição de amar e servir.
Um grande abraço, com amor!
Seu Amigo.