PARA A BORBOLETA
PARA A BORBOLETA
Cara borboleta de asas coloridas e de sorriso brilhante,
Que passa entre as flores silvestres, linda viajante.
Hoje eu a vi triste sem o seu sorriso de neve,
Mas mesmo assim a sua beleza é algo leve.
Um anjo, chamado idade, soprou-me a orelha;
Seria um anjo, ou poderia ser uma abelha?
Não importa breve borboleta,
O que importa e nossa vida neste planeta.
E eu sendo uma libélula sem cor
E que viveu muito tempo pela dor;
Preocupou-me com tão majestoso ser
Que Deus caprichou tanto ao coser.
Não quero ser eu elétrico inseto,
A trazer tristeza em nosso amor discreto.
Voo para lá e para cá,
Nem vejo a flor do maracujá,
Mas quando vejo sua face colorida,
Apresso-me dando uma corrida,
Pois sei que numa fração de segundo,
Serei um belo inseto e não um vagabundo.
Por favor, cara borboleta de corpo negro
Sorria então fico todo egro.
Assinado libélula
André Zanarella 03 – 07 – 2010
Egro = doente