Carta Atitude... Amizade de Irmãos!

 

Contínuo ávido degustar em delicadas e deliciosas minúcias dos instantes de todos os momentos perceptíveis em tempo, com a intensidade cada dia maior dos meus sinceros, múltiplos e puros sentimentos.

Eles foram todos moldados com inenarrável dedicação, carinho e um amor lapidado pela ternura dos que conseguiram harmoniosamente me enxergar na humildade e conselheira simplicidade com que tentei sublimar a vida com alguma resignação, conspiração solidária e discernimento, tanto quanto possível, dentro das inúmeras limitações como homem, cidadão e dito ser humano.

 

Mas o que importa é que, de quase tudo, um pouco vivi, vivenciei, doei, pouco sorri e muito chorei em contidas lágrimas que mudavam o percurso e que passam pela garganta deixando uma contrita dor, ou, as molhadas vivas lágrimas regando a face contra a seca dos inóspitos e hostis corações que atentam contra a sanidade dos que abominam as falsas verdades, mentiras, vaidades, orgulhos, egoísmos, mesquinharias e avarezas.

 

Choro a tristeza de não ter dedicado uma vida inteira a um legado que não tive a oportunidade de expandir além das minhas próprias e impiedosas fronteiras que na geografia do invólucro do corpo é cabeça e no meu pensar, a mente. Mente que não deve mentir e muito menos coibir ou negar aos seus anseios e raízes na insana incapacidade de pulverizar o ser solidário, afável, amável e disseminar sem pudores e covardia a essência divina que existe dentro de cada um de nós.

 

Deixei muitos filhos e irmãos pelos caminhos da vida à deriva, órfãos, poucos assisti e muito menos arregimentei e aglutinei forças suficientes para tentar mudar um pouco mais do muito que deveria em gula ter peregrinado, mendigado, sido humilhado, mas saciado esse sonho almejado e vorazmente tê-lo alvejado.

 

E vocês o que já fizeram ou fazem da vida, pela vida, para a vida... Não a de vocês, mas a de todos os irmãos consolidação da fonte da criação que existe bem dentro de nós e que precisamos imperiosamente e destemidamente deixar aflorar de vez. Vamos lá irmãos, cidadãos, filhos do Pai, basta uma única vez e a verdadeira libertação da escravidão das nossas mentes e gentes será finalmente abolida!

 

Ceifar dos nossos corações e mentes tamanha dívida e que não a deixaremos em hipótese alguma eternizar. E sim cravar com muita galhardia e bradar com hierarquia sublime alegria: “Mas um dia sem covardia, muita luta, momentos de agonia, vitoria do discernimento e sabedoria em prol da cidadania”. Sabedoria Divina. Deus nos deu gratuitamente... É só proliferar com um pouquinho de participação e esforço de cada filho do Pai.

Vamos contaminar o mundo com o vírus do coração doação pelo irmão menos favorecido, melhor dizendo pelo irmão que anda no vai e vem da contra mão sem uma humana solução e satisfação a nossa missão.

 

Sei... E como sei! Papel e verbo agüentam tudo e mais alguma coisa. Se acharem que é assim que funciona, continuem irracionalmente nas mesmices de suas inócuas e vazias vidas. Já não mais estarei escrevendo neste papel, serei o protagonista de uma história do Teatro Revista. Mas não perderei nenhum de vocês de vista. Até a vista!

 

PS. Em nome de Deus Pai, Filho e Espírito Santo, conclamo a todos solidariedade e que contribuam com muita atitude e oração com os nossos irmãos da minha querida terra natal Palmares e demais cidades de Pernambuco e Alagoas que passam por terríveis momentos de perdas matérias e espirituais, em virtude da terrível e catastrófica inundação que ocorre no inenarrável momento. Ajudem da forma possível e até quase impossível, mas ajudem! Grato!

 

 

 

 

 

Julio Sergio

Recife-PE.

(21.06.10)