Tesouro íntimo *.*
Amor, lembrei de quando pequena corria livre e alegremente atrás de borboletas. Era fim de tarde e o sol gentil me abraçava, enquanto ria com a impossibilidade de pegá-las. O cheiro do mato e o pólen valsando comigo, o sorrir alegre de flores coloridas num jardim onde somente minha alma contemplava e absorvia. O tempo ali parecia inteiramente responsável pela minha felicidade, meu sorriso estridente de alma contente e pura, despreocupada com qualquer coisa; sentimento este, de pureza incalculável, está impressa em minha memória e eis que há de me acompanhar por toda a existência. Dividiria contigo este meu tesouro íntimo, anjo dos tempos. Por amor á ti dividiria tudo o que conquistei ao longo dos tempos, pra que sentisse como eu a felicidade de um único instante; gravado, impresso, confesso em alma poética e simplória. Como tudo que é e há de bom poderá ficar em nós, pra todo o sempre...a dita felicidade, onde o sorriso fez bater o coração tão forte e a alma abençoada por ter a sorte de vivenciar momentos assim.