Ao amor distante
Meu amor,
Não quero falar da distância que nos afasta, mesmo vivendo tão perto um do outro.O que me agonia é essa distância que criaste entre nós, este afastamento insuportável e sem sentido...Sentir saudades é muito pouco para definir a dor que existe em meu peito.Tem dias que tenho a sensação de que vais me tocar a todo instante. Te sinto perto e, ao mesmo tempo, sei o quão longe estás. Me entristeço e choro muito! Mas de que adianta, se nem sabes do meu pranto? Um pranto silencioso, que só vive no meu coração, que te espera e sonha contigo.
Me pergunto, muitas vezes, o porquê de tanto esperar, por quem não deseja me amar? Não encontro a resposta, apenas espero.Espero com a ansiedade de uma adolescente e com a imensidão de um sonho, perfeito, cheio de luz e brilho, de flores-rosas amarelas...Espero como num conto de fadas, como na canção da Ana Carolina, como numa história de amor.Que virás num sopro de vento, numa nuvem translúcida, num vôo de pássaro, num alazão tubiano, num raio de luar.E me levarás contigo. Grande dia, será esse: o amor será o dono de tudo,a harmonia será a lei, e tu serás rei.
Querido amor, não demores muito, pois tenho medo do tempo! Medo de que as horas não passem, de que os dias se alonguem,de que o peso dos anos nos leve, antes desse encontro.Desse" grand Final". Tenho medo de que a pequena capela do interior nunca receba as flores que reservei para o nosso casamento...Medo de que me esqueças, não por vontade, mas por desejar silenciar.Medo de ser ,apenas ,um conto em tua vida, um conto do passado; quiçá, um poema de amor!
Nessa tarde de maio, cinzenta e fria, lembro de ti. Do teu calor, do teu abraço, da tua mão-forte e linda, como sempre te falei.Hoje, quero fugir e sumir, para não estar tão só.Essa solidão que me afasta de mim e me arrasta para o teu lado.Sei lá! Essa solidão do teu amor.Sinta o meu amor, nessas linhas, e veja o quanto te amo, o quanto és especial para mim.
Não me esqueças, tão cedo!
Muito beijos.
P.S. Estou te esperando!