Amor distante

Eu não deveria ter feito aquela viagem que te encontrei quando não queria.

Eu deveria ter ficado calada quando resolvi falar com você, quando deixei que se aproximasse de mim, pegasse timidamente minha mão, e pedisse para contigo ir...

Ir? Sim, ir para um lugar onde não veriamos ninguém. Só nós dois no silêncio oportuno da noite, na sintaxe inconstante do desejo. Eu não deveria ter me apaixonado por um quase desconhecido, por um quase não existente amor, impossível, distante...

Nós dois ambos comprometidos, mas envoltos por um desejo único, forte e insensante...

O que fazer quando isso acontece? Sair correndo, falar sim ou simplesmente deixar com que as coisas acontecessem, como de fato aconteceu?

Errei sim, sei que errei ao ter traído meu namorado com você, ter me entregado à alguém que soube me cativar em um simples dia, em um simples momento intenso, inesquecível.

Será que voltaremos a nos ver? A nos amar como outrora? Ou tudo permanecerá na memória, no passado que recordaremos com saudade dos poucos momentos vividos, das poucas palavras proferidas?

Apenas questões, dúvidas que o tempo solucionará ou piorará... É a vida, é a distância que me faz te querer apesar dos obstáculos, apesar de tudo e de todos que nos afastam, que me deixa louca a sonhar novamente com os lábios meus.

Envio a ti essa carta para demonstrar à você que eu te amei por ter sido aquela pessoa que soube me conquistar em apenas em um simples gesto, em uma rápida troca de olhares, em poucos momentos vividos e um sentimento que carregarei por toda a minha vida!

09/05/10

11:23

Doce Poetisa
Enviado por Doce Poetisa em 09/05/2010
Reeditado em 23/06/2010
Código do texto: T2246355