Perfil

O texto abaixo é uma resposta ao comentário do Cesar Liczbinski, onde ele menciona que meu perfil está pobre de informações sobre mim, e que meus “leitores” merecem me conhecer melhor.

Segue...

Interessante como eu sempre consegui me esquivar desse tema.

Lembro-me que quando era inevitável, eu sempre usava metáfora ou analogias para me definir. Não que eu não soubesse quem era, ou sou, sempre fui muito consciente sobe minhas virtudes e defeitos, com este último se sobressaindo sobre o primeiro, mas afinal, ninguém é perfeito.

Mas então surge a observação conclusiva: “O seu perfil está muito pobre”... E alguém ousa dizer o que sempre soube: “Merecem saber mais sobre você”...

Particularmente acredito que o poema postado em meu perfil diz tudo sobre mim, conta dos meus sonhos, desilusões e recomeço, mas como a mensagem pode não ser clara para todos, pensando bem só é clara para mim (risos), só me resta ser mais especifica.

Eu, Adriana, Adri, Dri, Drika, Diana, Di, Tidiana, brasileira, natural de Goiânia – GO, morando a dez anos em São Paulo-SP, divorciada, mãe protetora, amiga fiel e profissional com formação na área administrativa.

Meu primeiro beijo foi debaixo de chuva e minha primeira relação sexual foi aos 14 anos, com um primo, na fazendo de um tio, às margens de uma cachoeira e posso afirmar que foi uma experiência deliciosamente inesquecível.

Casei aos 16 anos, com um rapaz seis anos mais velho por quem estava apaixonada e acreditei que nosso casamento fosse durar para sempre... O meu PARASEMPRE durou 10 anos. Quando percebi que estávamos deixando de nos amar, convenci-o que devíamos nos separar enquanto ainda havia amor, respeito, admiração. Pois se esperássemos mais, iríamos nos separar quando não houvesse mais lembrança da história linda que vivemos. Separamos e hoje, como grandes amigos, dividimos a responsabilidade da criação e educação de duas lindas, esperta, inteligentes, vivazes e carismáticas filhas de 18 e 15 anos. E ainda me sobra tempo e amor para mimar a filhinha dele de seis aninhos que carinhosamente me chama de tidiana. Afinal, como não amá-la, já que ela se trata da minha sobrinha.

Aos 26 anos, no processo de separação sofri um grave acidente de moto, que além de seqüelas, roubou dois anos da minha vida e me obrigou a um novo recomeço. Passadas as inúmeras cirurgias, sessões de reabilitação e fisioterapia, voltei a andar e pilotar minha moto.

E salvo as cicatrizes não guardo nenhuma lembrança do acidente.

Aos 36 anos ainda tenho muito da menina moleca, travessa que passava as férias na fazenda e que aos seis anos tinha o grande sonho de ser dona de um belo cavalo.*

Ainda romântica, que se emociona (chora mesmo) com finais felizes, que sonha fotografar Parthenon na Grécia, viver uma paixão insana em Milão na Itália, Viajar pela Espanha e conhecer os Mirantes das Sete Colinas de Lisboa em Portugal. Também sou chata, briguenta, às vezes inflexível, muito exigente, falo muito, gosto de ser o centro das atenções, e estou trabalhando essa fixação de estar sempre certa. Não fumo, bebo demais em eventos da família e em reunião com amigos e já acordei em casa, nua, sem me lembrar como cheguei lá.

Como opção sexual sou uma hetero muito curiosa que gosta de pessoas, não de gênero. Como dizia minha mãe: “Não diga que não gosta antes de provar”, claro que ela usava esse argumento para as refeições, mas enfim é uma máxima que costumo aplicar em diversas áreas da minha vida. (risos)

Apreciadora de um bom livro, amante de poesia, brinco de escrever quando estou alegre e quando estou igualmente triste. Fotógrafa amadora e embora considere que o apreço pela música está ligado a um estado de espírito, sou amante de música clássica a qual aprecio, sozinha, degustando um vinho de qualidade.

Em resumo o que o poema do meu perfil diz é:

As 16, acreditei que tinha resposta para tudo, que possuía o controle da minha vida e a chave para ser feliz.

Aos 26 caí da altura dos meus próprios sonhos e fui obrigada a recomeçar

Aos 36, tenho sonhos possíveis e metas alcançáveis.

E quando sobra tempinho, ainda acredito que a felicidade é possível.

Essa sou eu, ou seria apenas a ponto a iceberg?

Risos....

* Aos 7 anos, ganhei como presente de aniversário, um lindo potro árabe.

Abelle Ben Varrey
Enviado por Abelle Ben Varrey em 06/05/2010
Reeditado em 18/02/2011
Código do texto: T2240448
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