Um amor incondicional

Mãe,

Dia da mãe está próximo. Este dia é apenas um dia em homenagem a todas as mães! Porém você será sempre homenageada por mim, mesmo não estando de corpo presente entre nós. Este ano no dia em que se presta homenagem às mães, não verei o seu sorriso de quando eu chegava de viagem pra te cumprimentar e te dar o meu abraço.

As circunstâncias muitas vezes faziam com que eu ficasse longe de você, mas sabia que estava lá a me esperar a qualquer momento, isso me dava segurança e um acalento.

Quando ia passando dias e até meses que não ia te ver, logo sentia que era hora de revê-la pois, começava a inquietar-me e dava suspiros profundos. Já era a saudade a apertar meu coração. Passava então a contar os dias para te encontrar, pra te abraçar e ver o sorriso de felicidade ao rever-me.

Como era bom quando eu chegava de surpresa! Eu adorava fazer isto, só pra te ver mais feliz ainda ao ver-me chegando sem esperar! Ah, como eu gostava de fazer isto, mãe! Eu chegava de mansinho e dizia: “dona Maria, posso entrar?” E você pronunciava meu nome com tamanha doçura na voz que pareço estar ouvindo neste momento. Você irradiante de felicidade vinha ao meu encontro e me abraçava e ao mesmo tempo fazia comentários sobre o longo tempo que eu não aparecia. Ah como esse momento era bom mãe! Embora eu nunca falasse, mas você sabia o quanto eu estava feliz, pois conhecia o coração de cada um dos seus nove filhos!

Sinto muito a sua falta, sinto falta do seu aconchego, do seu abraço, do seu cheiro e dos seus conselhos que eu sempre ouvia, mesmo às vezes nem sempre fazendo o que me pedia. Sinto falta das suas palavras de carinho demonstrando todo o seu amor. Amor este que era único e verdadeiro para comigo e todos meus irmãos! Amor sem fronteira, sem cobranças, sem pedir nada em troca. Simplesmente você nos amava!

Quanta falta você nos faz mãe! A saudade é imensa demais!

Às vezes em meio à rotina do dia-a-dia, vejo-me meio perdida, sem direção e procuro meu porto seguro e ele não mais está aqui! Sinto um vazio na alma, um desconforto, um desencanto tão grande que às vezes penso que a vida não tem mais sentido. Sei que me daria um puxão de orelha se pudesse ouvir isto, pois o que você mais gostava era de viver. Tanto gostava que dizia sempre: “Filha, a mamãe adora a vida! Eu amo viver!” A mamãe é feliz!

Acho que por tudo isso Deus permitiu-lhe que vivesse com alegria e saúde até seus noventa anos, quando Deus lhe chamou pra junto Dele!

O que me conforta mãe, é ter a lembrança da sua alegria de viver e do seu sorriso de felicidade, parecendo uma criança abençoada por Deus! E de bênçãos, mãe, você era e ainda é repleta!

Deus esteja contigo, mãe!

Sua filha que te ama eternamente!

Madah Pires
Enviado por Madah Pires em 02/05/2010
Reeditado em 24/06/2019
Código do texto: T2233558
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