Não há dúvidas, te amo, olhos azuis!

Ontem, meu amor, filosofei com a dúvida. Sabe como é, estávamos sem nada pra fazer, e fomos trocar umas notinhas de conhecimento. Ela me fez uma pergunta interessante, disse: onde anda o amor de seus dias, dos quais em poemas, o conclama? Fiz um silêncio oportuno, sorri e repondi-lhe: no mesmo lugar onde o encontrei da primeira vez. E meus pensamentos viajaram até tal momento, vieram as lembranças trazidas pelo vento, dos dias felizes que vivi contigo. Seu jeito inconfundível e tímido, uma voz com timbre marcante, seus olhos disfarçando, e oportunas vezes, resvalando com o meu. Disse-me: amo-te! E, pra minha surpresa, sumiu! A dúvida com seu modo faceiro, pergunta: um amor pode sobreviver a distância e alimentar-se somente de lembranças? Hum, tens razão de duvidar do que não conhece, amiga! Decerto ainda não conheceste a verdade do amor, o encanto puro dos dias e a fidelidade da tão almejada felicidade. Se trazemos á nossos dias, o peso da amargura, implantada pela dúvida, dificilmente poderemos deixar brotar o amor robusto e confiante, este mesmo que tenho por ele. Os olhos azuis mais encantadores que já vi, pensamentos tão leves, com os meus afinou; mãos seguras, que com a aliança da ternura, me afiançou. Enfim, me deste em único abraço, um sentimento eterno de paz. Fitei o imenso céu estrelado sob minha cabeça, beijei com meus olhos as estrelas. Amei instantaneamente sua imagem em meus pensamentos e a abençoei. Senti seu sorriso e o abraço, confortei-me. Procurei ao meu lado a dúvida, tinha esvaido, e sim, algumas vezes ela aparece pra ter comigo, e vai da mesma maneira que chegou, em silêncio. Somente o sons do meu coração em uníssono com o seu, no tum tum tum da sutil espera. Amo-o!

11/04/10