Sempre há tempo!

Meu anjo,

Acredito que tenho sido um tanto afoita nas palavras todas as vezes que me reporto a você, mas se torna impossível não falar de ti e contigo com contenção.

Muitas vezes tento não fazê-lo, mas ainda não consigo lidar de maneira consciente com o que sinto. Hoje, por exemplo, a saudade é tanta que o escrevo.

Quero apenas que recorde o quanto o amo e que talvez nem tenhas a dimensão do bem que me fazes sentir, da força que me transmite. Logo cedo, lhe escrevi que na vida é comum esquecermos o que nos falam, o que nos dizem. Entretanto, não esquecemos a maneira como as pessoas nos fazem sentir, isso transcende à alma, é inesquecível.

Ante minha covardia em confessar-me quando deveria fazê-lo, deixei o medo sucumbir minhas palavras e perdi mais do que poderia supor. Contudo, ainda há tempo, sempre haverá tempo para dizer-lhe o quanto o amo... Apenas recorde, eu o amo, cada instante, sempre...

Anne Monteiro
Enviado por Anne Monteiro em 05/03/2010
Reeditado em 05/03/2010
Código do texto: T2122241
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