À um amigo
Tx. De Freitas – BA, 29 de outubro de 2007
Querido Amigo,
Independente de qual for a sua decisão ou do que acontecer, Deus coloca em meu coração a necessidade de escrever-te esta carta...
Bom, vou te falar de uma menina que você não conheceu. Uma menina que já não vivia, mas apenas existia... Em um momento da minha vida, tudo deixou de fazer sentido ou de ter significado. Na minha casa, brigas constantes; na minha família, dores, lágrimas, despedidas, mortes, doenças, brigas, vícios, desilusões... No meu coração, ódio, dor, falta de fé, vazio... Muitas vezes desejei não mais acordar.
Nas pequenas vezes que parava de culpar a Deus pela morte de Hebert, ou de ficar justificando tudo o que eu estava me tornando, culpando Hebert, eu estava me lamentando, criando mundos ilusórios dentro da minha cabeça e colocando, sem o consentimento, pessoas para participar de toda esta farsa. Minha vida era uma mentira, meus sentimentos eram uma grande mentira. E assim, os dias passavam sem sonhos, sem verdades, sem amor, sem esperança... E o “tudo vai passar” nunca passava. Então, passei a me culpar, a fugir, a perseguir a Igreja e o mais triste: a levar pessoas para esse mesmo caminho. Depois de um tempo, essa solidão passou a me dominar e então comecei a ir para festas. Passei, de pouco em pouco, a beber. Comecei a ficar com vários garotos. Mas no fim, eu me sentia mais sozinha do que nunca. Vi minha vida passar por entre minhas mãos como água, e não conseguia segura-la. Vi pessoas que eu amava simplesmente passarem, se perderem na minha triste caminhada...
Você já me ouviu falar dessa menina... Mas você não imagina como era essa menina. O meu olhar era um vazio no infinito, apenas mais um vazio... Mas Deus já preparava o meu caminho, eu que não havia prestado atenção em todos os sinais.
Sabe, é na nossa fragilidade que somos “atacados”, é em nossa fragilidade que a batalha realmente se faz necessária e não dá para ficar no meio termo. Hoje, ao olhá-lo nos olhos, sentir a sua dor, e como uma flecha, o seu olhar perfurou o meu coração porque vi o mesmo olhar que outrora me pertencia.
“Quero saber, já tomou posse do que é teu?”
Não se permita, nunca mais, olhar assim. Não se permita, nem por um segundo, esquecer-se quem e o teu Senhor. É na fragilidade que também mostramos quem verdadeiramente somos e são nossas escolhas, muito mais do que a nossa dor ou o que somos que revelam a quem pertencemos. E você, meu jovem, pertence a Deus. Jesus te comprou e te libertou. Não esqueça do alto preço que ele teve que pagar por você.
Você se tornou discípulo, lembra-se????
“Jovem, coragem! Eu venci o mundo.”
(Jesus Cristo)
Tx. De Freitas – BA, 29 de outubro de 2007
Querido Amigo,
Independente de qual for a sua decisão ou do que acontecer, Deus coloca em meu coração a necessidade de escrever-te esta carta...
Bom, vou te falar de uma menina que você não conheceu. Uma menina que já não vivia, mas apenas existia... Em um momento da minha vida, tudo deixou de fazer sentido ou de ter significado. Na minha casa, brigas constantes; na minha família, dores, lágrimas, despedidas, mortes, doenças, brigas, vícios, desilusões... No meu coração, ódio, dor, falta de fé, vazio... Muitas vezes desejei não mais acordar.
Nas pequenas vezes que parava de culpar a Deus pela morte de Hebert, ou de ficar justificando tudo o que eu estava me tornando, culpando Hebert, eu estava me lamentando, criando mundos ilusórios dentro da minha cabeça e colocando, sem o consentimento, pessoas para participar de toda esta farsa. Minha vida era uma mentira, meus sentimentos eram uma grande mentira. E assim, os dias passavam sem sonhos, sem verdades, sem amor, sem esperança... E o “tudo vai passar” nunca passava. Então, passei a me culpar, a fugir, a perseguir a Igreja e o mais triste: a levar pessoas para esse mesmo caminho. Depois de um tempo, essa solidão passou a me dominar e então comecei a ir para festas. Passei, de pouco em pouco, a beber. Comecei a ficar com vários garotos. Mas no fim, eu me sentia mais sozinha do que nunca. Vi minha vida passar por entre minhas mãos como água, e não conseguia segura-la. Vi pessoas que eu amava simplesmente passarem, se perderem na minha triste caminhada...
Você já me ouviu falar dessa menina... Mas você não imagina como era essa menina. O meu olhar era um vazio no infinito, apenas mais um vazio... Mas Deus já preparava o meu caminho, eu que não havia prestado atenção em todos os sinais.
Sabe, é na nossa fragilidade que somos “atacados”, é em nossa fragilidade que a batalha realmente se faz necessária e não dá para ficar no meio termo. Hoje, ao olhá-lo nos olhos, sentir a sua dor, e como uma flecha, o seu olhar perfurou o meu coração porque vi o mesmo olhar que outrora me pertencia.
“Quero saber, já tomou posse do que é teu?”
Não se permita, nunca mais, olhar assim. Não se permita, nem por um segundo, esquecer-se quem e o teu Senhor. É na fragilidade que também mostramos quem verdadeiramente somos e são nossas escolhas, muito mais do que a nossa dor ou o que somos que revelam a quem pertencemos. E você, meu jovem, pertence a Deus. Jesus te comprou e te libertou. Não esqueça do alto preço que ele teve que pagar por você.
Você se tornou discípulo, lembra-se????
“Jovem, coragem! Eu venci o mundo.”
(Jesus Cristo)