Vida e Experiência
Regina. – Os filósofos costumam colocar-se diante da vida e da experiência ( diante daquilo que denominam, mundo do fenômeno ) como diante de uma pintura, que está desenrolada de uma vez por todas e com inalterável firmeza mostra o mesmo evento. Esse evento, pensam eles, é preciso interpretá-lo corretamente, para com isso tirar uma conclusão sobre o ser que produziu a pintura: portanto, sobre a coisa em si, que sempre costuma ser considerada como a razão suficiente do mundo do fenômeno. Em contra partida, lógico mas rigoroso como o do incondicionado, consequentemente também incondicionante, puseram em questão toda conexão entre o incondicionado (o mundo metafísico) e o mundo que nos é conhecido. De tal modo que no fenômeno, justamente, a coisa em si não aparece, e toda conclusão daquele a esta deve ser recusada. De ambos os lados, porém, não é levada em conta a possibilidade de que essa pintura é aquilo que agora, para nós humanos, se chama vida e experiência.
Regina, sei que está neste momento em meio a uma confraternização, vai ser difícil absorver estas palavras. Releia com calma e tudo ficará mais compreensível. E por tudo isto, por te considerar um maravilhoso pincel nas mãos do criador e sua vida a mais bela pintura, te saúdo e desejo: Feliz Aniversario!