Para meus Confetes..

Menina-moça, cidade do interior de Goiás, carnaval de

sonhos. Reunidas as tias e costureiras, tecidos e mais

tecidos, lantejoulas e tudo mais, para a confecção das

lindas fantasias da moçada. A cidade ficava dividida em

dois carnavais, o da UDN. e PSD, eram os partidos que

comandavam a festa. A gente prometia aos pais pular só

no salão dos partidos dêles, porém era um trança-trança de

um salão para outro, que ninguém controlava. Além dos

bailes oficiais, tinha o carnaval de rua, de verdade. Nada

de bebida, e droga então nem sabíamos que existia.

O lança- perfume era a grande alegria da meninada, e

quando algum garoto paquerava a menina, bastava jogar

um jato de lança na nuca, sinalisando o flêrte gostoso e

vigiado sempre pelas acompanhantes das moçinhas, alguém

adulto da família.

Os confetes misturados as serpentinas, o som das marchinhas

de Emilinha, Marlene e tantos outros, fazendo a alegria dos

carnavalescos. Pular era a ordem do dia, sem maldade, sem

apologia ao sexo, chegavam a ser romântico os carnavais de

outrora. Não que eu seja careta ou moralista, porém quando

ouço Bandeira Branca, relembro os meus confetes da Cidade

de Goiás e Anicuns, o tão sonhado Pierrô Apaixonado, que o

tempo fez esquecer a pequena Colombina.

SANTOMÉ

santomé
Enviado por santomé em 20/02/2009
Código do texto: T1449765