egoísmo
Nem as mais belas palavras do Mestre Shakespeare são dignas da sua beleza.
Nem os mais bonitos filmes de Hollywood merecem seu olhar, cativante, intensamente penetrante.
Eu negaria toda a minha história se isso me fizesse ficar perto de ti.
E negaria também seu amor, se isso o fizesse me amar realmente.
Amor, egoísta amor! Que a tanto tempo me consome a alma e me corrói o peito.
Poderia ter mil nomes, que ainda, em meu mais belo sonho só te chamaria por um: meu amor.
Já que não lhe entrego meu corpo, entrego-lhe minha alma.
Já que não lhe dedico a boca, tome de mim a tinta e o tempo.
Não lhe peço para esperar-me, pois não lhe dou garantias de que volto.
Não lhe peço amor, pois ser egoísta que sou, este pertence apenas a mim.
Só lhe peço que em seu leito solitário, me tenha em prece e que esta memória seja tão vívida e ardente quanto o amor que lhe dispenso.
Não lhe agradeço, pois mostrou-me que um sorriso é falso sem ti.
E que haja falta, lágrima e compaixão nestas linhas.