Porque?

Porque choram assim os meus olhos dolentes? Onde adormece o luar da vaga nostalgia,quem foi que me magoou as pétalas algentes, quem foi que me roubou a candida alegria? Porque choram assim os meus olhos dolentes ? Nostalgias do céu ou saudades do amor?

Pareço uma deusa amargando no exílio...

As lágrimas sem fim que molham o meu rosto, o roxo singular que me ensombram as olheiras, falam-me ao coraçao nas sombras do solposto, na soturna paz das horas derradeiras. As lágrimas sem fim que molham o meu rosto...

Porque ninguém vem enxugar o meu pranto? Para trazer-me sol ao coraçao e calma, envolver meu corpo nas dobras do seu manto, beijar minha boca ou minha própria alma. Porque ninguém vem enxugar o meu pranto...

Tao frágil e tao só .Tao pálida e tao fina, estou no mundo como um pássaro sem asas, o ruído me amedronta e a vida me amofina ,vivo para o silencio já nao saio mais de casa. Tao frágil e tao só...

No momento que a morte afinal vier buscar-me, de casa sairei feliz para seguí-la, e ninguém mais virá ferir-me e magoar-me, nao hei de chorar mais e morrerei tranquila. No momento que a morte afinal vier buscar-me...

Adaptaçao de Zenaide de Camargo e um autor desconhecido.

camarguita
Enviado por camarguita em 29/11/2008
Código do texto: T1309212
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