O AMOR VIVE EM MIM...

Propus um fim ao nosso idílio, foste contundente, não aceitaste!
Necessitava alçar novos vôos, sentir-me livre outra vez, queria sonhar...
Tentaste, em vão, suprimir a minha essência, tolher minhas asas, tornar árido o meu solo!
Disseste-me assim:
_Não me abandones, sem o teu amor sou resto de outono, como resistirei a essa ausência?
Foste egoísta, juraste amor eterno e eu, tão tola, acreditei...
Os dias se arrastavam pesarosos e as noites eram testemunhas da minha lenta agonia...
O meu coração tornou-se fonte dos mais ardentes anseios ao mesmo tempo em que endurecia, secava e sucumbia ante as tuas lágrimas duvidosas...
Mergulhei em um poço de lamentações, dúvidas e torpes incertezas, enquanto isso, sorrias da minha dor e experimentavas, em outras bocas, o que a mim havias negado...
Finalmente despertei para a vida e fiz do açoite com que me torturavas, a chave para a minha liberdade!
Prometo nunca mais acreditar em palavras mentirosas, prometo ser feliz, pois o amor ainda vive em mim!